Prefeito de Jaraguari descarta afastamento imediato de secretário preso por agressão à namorada

O prefeito de Jaraguari, Claudio Ferreira (PSDB), declarou que não afastará do cargo o secretário de Governo Renê Sérgio Lima de Moura, preso na madrugada do último sábado (29) acusado de espancar a namorada. Questionado, o chefe do Executivo municipal afirmou que aguardará as conclusões da Justiça antes de tomar qualquer medida administrativa mais severa.

Ao ser indagado sobre o posicionamento da administração diante da prisão em flagrante e da confirmação das agressões por parte das autoridades policiais, Ferreira sustentou que o caso ainda está sob apuração.

Em nota enviada à reportagem, a prefeitura informou que “não compactua com qualquer forma de violência”, mas ressaltou o respeito ao “direito constitucional ao contraditório, à ampla defesa e à presunção de inocência“.

Ainda segundo o prefeito, a administração acompanhará o desenrolar das investigações e só adotará medidas administrativas após o “esclarecimento oficial dos fatos”. Ao ser questionado novamente sobre a gestão aguardar o prazo de julgamento mesmo diante da constatação policial sobre a violência praticada pelo gestor da pasta, Ferreira reiterou sua posição.

“Se eu tomar qualquer medida mais severa, estarei julgando prematuramente o secretário. Vou esperar as conclusões da Justiça”, afirmou o prefeito.

Claudio informou ainda que, na manhã desta segunda-feira (1º), o secretário apresentou atestado relacionado a problemas emocionais. Ele deve ficar afastado pelos próximos 15 dias.

Entenda o caso

Renê Sérgio Lima de Moura foi preso após agredir a namorada, de 38 anos, em Jaraguari. De acordo com o registro policial, a Polícia Militar foi acionada por volta das 3h10 pelo filho da vítima, que relatou as agressões durante confraternização na região central da cidade.

A mulher foi atendida pelos policiais com lesões visíveis, incluindo um ferimento no olho e hematomas nos braços e nas pernas.

Segundo o relato da vítima à polícia, o casal estava junto há nove anos e a discussão teria se iniciado por ciúmes enquanto estavam na casa de um amigo. Ela afirmou que, ao dirigir-se à residência do secretário, foi recebida com agressões físicas, tendo sido prensada contra a parede e atingida por um soco.

Em depoimento, o servidor negou as agressões. Ele alegou que houve apenas uma discussão verbal e que trancou a casa para evitar confusão, acusando a companheira de ter invadido o local e danificado eletrodomésticos. A mãe de Renê também acionou a polícia, corroborando a versão de invasão domiciliar.

Renê foi ouvido e liberado no mesmo dia.

 

 

 

mdx

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