Fahd Jamil é acusado de duplo homicídio em 2016

Preso desde 19 de abril, quando se entregou à polícia, o réu na operação Omertà,  Fahd Jamil,  79 anos, agora responde por duplo homicídio investigado pela força-tarefa. Decisão desta terça-feira (18) da juíza Jeane de Souza Barboza Escobar, de Bela Vista, acata denúncia contra Fahd, Melcíades Aldana e Gabriel de Rossi dos Santos por crime ocorrido há 5 anos.

 

No despacho, a magistrada recusou a decretação de prisão contra Fahd, solicitada pela promotoria.  Isso faz com que ele continue com apenas uma ordem de detenção, que a defesa tenta transformar em prisão domiciliar.

As vítimas de assassinato foram o servidor público Alberto Roberto Aparecido Nogueira, 55 anos,  e o policial civil Anderson Celin, 36, executados em abril de 2015. Ambos foram encontrados carbonizados em uma camionete,  próximo ao lixão da cidade fronteiriça ao Paraguai, no caminho para Caracol.

Com esse passo, o caso passa a ter quatro réus. Já havia um denunciado, Oscar Ferrreira Leite Neto, o “Oscarzinho”, que está desaparecido, possivelmente morto.

Com a deflagração da Omertà, para investigar homicídios cometidos por milícias armadas, a investigação foi reaberta e foram identificados indícios confirmando as suspeitas que haviam de que Fahd encomendou o crime para se vingar do assassinato do filho, Daniel Jamil Georges, o “Danielito”. Ele sumiu em 2011 e foi declarado morto em 2019. O corpo nunca apareceu.

Conforme os novos elementos acrescidos ao processo, Fahd encomendou a execução de Betão e Celin. Melciades, também desaparecido e igualmente investigado na Omertà, intermediou a contratação dos outros dois homens, que foram os executores.

A partir da aceitação da denúncia, a representação dos réus agora tem prazo para apresentar defesa prévia. Depois disso, são marcadas as audiências para ouvir testemunhas.

O outro caso

Fahd também é réu em outro atentado,  que vitimou o chefe de segurança da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Ilson Martins Figueiredo, em junho de 2018, suspeito do envolvimento do desaparecimento do filho de Fahd, Daniel Jamil.

 

cgn

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