Vacinação contra a Covid-19 já começou na situação carcerária de Campo Grande. Pelo menos 509 reeducandos já receberam a primeira dose da vacina em oito diferentes unidades penais, dentre os grupos prioritários estão os idosos, indígenas e com comorbidades.
A imunização contemplou o Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), Estabelecimento Penal “Jair Ferreira de Carvalho” (EPJFC), Centro de Triagem “Anísio Lima”, Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi” (EPFIIZ), Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira, Presídio de Trânsito de Campo Grande, Centro Penal Agroindustrial da Gameleira (CPAIG) e presídio feminino de regime semiaberto e aberto.
Na Capital, o maior número de presos imunizados foi no IPCG, com 155 vacinados.
Com maior número de imunizados, o Instituto Penal de Campo Grande vacinou 155 presos, sendo 65 idosos e 90 com comorbidades, representando 30% do total de imunizados. Em relação às mulheres, foram 56 internas vacinadas, até o momento, dos regimes fechado, semiaberto e aberto.
Conforme a chefe da Divisão de Assistência à Saúde Prisional, Maria de Lourdes Delgado Alves, antes da aplicação das vacinas, todos os internos contemplados já foram cadastrados pela equipe das Unidades Básicas de Saúde Prisionais.
“Para que toda a logística acontecesse, foi essencial esse trabalho conjunto da equipe de saúde das unidades penais, que realizaram o levantamento dos internos enquadrados no grupo prioritário e realizaram o pré-cadastro no site da Sesau”, ressalta.
A iniciativa segue o Plano Nacional de Vacinação, com a imunização destes grupos já sendo considerada prioritária e deve ser estendida a todas as unidades penais do estado, assim como, os presos em medidas de segurança, doentes mentais e com comorbidades. “A previsão é que os internos sejam vacinados juntamente com o público-alvo da população de cada município”, informa Maria de Lourdes.
Interior – Reeducandos custodiados em unidades penais do interior de Mato Grosso do Sul também já estão recebendo a primeira dose da vacina. Como é o caso de presídios de Amambai, Cassilândia, Corumbá, Coxim, Dourados, Jardim, Rio Brilhante, Nova Andradina e São Gabriel do Oeste.
A ação é organizada e executada pelas secretarias municipais de saúde, conforme a realidade local de cada município e conta com apoio da Agepen, por meio da direção e a equipe de saúde dos presídios.
Em Jardim, por exemplo, as doses estão sendo aplicadas nesta semana, a 72 internos do Estabelecimento Penal “Máximo Romero”, totalizando mais de 20% de toda a massa carcerária do local.
Para o diretor da unidade, Júlio César Góes da Silva, a imunização é condição fundamental para evitar que o coronavírus se prolifere na massa carcerária. “Com a vacina, garantimos maior proteção dentro e fora da unidade penal, o que reflete em toda a sociedade”, frisa.
Todas as ações são coordenadas pela Diretoria de Assistência Penitenciária da Agepen, por meio da Divisão de Assistência à Saúde Prisional.
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