Em Ponta Porã, o secretário municipal de Saúde, Patrick Derzi, chegou a dizer que, se a pandemia continuar no mesmo ritmo, vai empilhar corpos.
As declarações foram feitas em coletiva de imprensa com o prefeito Hélio Peluffo (PSDB) na manhã desta quarta-feira (2).
A maior preocupação dos gestores é o feriado prolongado de Corpus Christi e o aumento de visitantes no município brasileiro e também em Pedro Juan Caballero.
O Hospital Regional de Ponta Porã está lotado e o prefeito fez um alerta. “Se não houver colaboração, na segunda-feira vamos analisar como foi o fim dessa semana e medidas mais duras podem ser decretadas, como o lockdown. Eu não quero isso, não concordo com essa medida, pois prejudica e muito a economia, mas se não nos ajudarem, essa será a saída”.
UTI só abre vagas da covid de pacientes mortos, revela Geraldo Resende
Mais cedo, Geraldo Resende anunciou que o Estado está enviando pacientes para outras unidades da federação e não consegue abrir leitos no mesmo ritmo em que a pandemia avança. Mais que isso, só abrem leitos com mortes.
São 278 pacientes em fila de espera por leitos. Segundo o secretário, 170 esperam por uma vaga na macrorregião de Campo Grande, sendo 144 pacientes da própria Capital. Mais 75 em Dourados, sendo 37 da própria cidade e 33 da regulação estadual. O governo está ampliando o número de leitos, mas Geraldo reforça que isso não vai resolver o problema.
“Muita gente tem essa visão de que abrir leitos de UTI vai dar uma solução à situação que vivenciamos hoje em Mato Grosso do Sul. Números de casos extremamente elevados. Mais 2.176 casos novos. A nossa média móvel chega ao limite máximo que já tivemos, 1.895 casos novos por dia, um novo recorde”, ressalta Geraldo Resende.
No sábado (29), foram inaugurados 10 leitos de UTI no Hospital Regional de Ponta Porã e o Hospital Universitário-UFGD disponibilizou hoje mais 10 unidades de UTI e 20 leitos clínicos.
O hospital Nossa Senhora Auxiliadora, em Três Lagoas, passa por obras de readequação e, na próxima semana, deve abrir mais 10 leitos de UTI. Campo Grande também pede colaboração para mais leitos no hospital do Pênfigo.
acgp