Mato Grosso do Sul se aproxima dos 50% de seus habitantes vacinados com pelo menos a 1ª dose da vacina contra covid. Para a D2 – importante para garantir a eficácia do imunizante – o número cai consideravelmente: 23,7%. Nessa parcela, estão 24.692 idosos com 70 anos ou mais que não retornaram para completar o ciclo vacinal e, portanto, não estão imunizados.
Conforme os dados oficiais da SES (Secretaria Estadual de Saúde), a principal ‘resistência’ em tomar a 2ª dose é, justamente, das pessoas abaixo dos 80 anos. Entre os que têm de 70 a 74 anos, 9.917 não retornaram para a D2. A diferença cai conforme a idade avança: na faixa etária de 75 a 79 anos teve a falta de 7.852 e, por fim, 6.923 dos idosos com 80 anos ou mais não tomaram a D2 em MS.
As consequências de não voltar para tomar a 2ª dose são muitas:
- A proteção contra o vírus não estará efetiva para aqueles que tomarem apenas a primeira dose.
- Há a possibilidade de invalidar a primeira dose e ser necessário iniciar a vacinação do zero.
- Falsa sensação de imunidade, uma vez que a eficácia do imunizante não foi atingida.
- Perda de estoques das doses, que poderiam ser aplicadas efetivamente e acabam sendo desperdiçadas.
A maioria das vacinas contra a Covid-19 necessita de duas doses para conferir uma taxa de proteção aceitável. Esses esquemas vacinais foram avaliados e definidos nos estudos clínicos dos imunizantes, que serviram para determinar a segurança e a eficácia dos imunizantes.
A recomendação das autoridades de saúde é que essas pessoas procurem um posto de imunização o mais rápido possível para garantir a D2. Apesar do atraso, ainda é possível garantir mais segurança com o ciclo vacinal completo.
Até o momento, os grupos com mais pessoas imunizadas – ciclo vacinal completo – são os de idosos de 60 a 64 anos e os de 65 até 69 anos. Já a maioria das D1 foi aplicada em pessoas com 45 a 59 anos em MS.
ses/ms