Depois de matar milhares de suínos na Ásia, Europa e África a Peste Suína Africana (PSA) teve seu primeiro caso registrado nas América. A informação foi divulgada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e confirmada pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Entidades locais e internacionais trabalham em medidas de contenção da doença no país. A enfermidade não traz danos aos humanos mas é fatal para os suínos. Os Estados Unidos, por exemplo ofereceram ajuda para realizar testes e também redobra a atenção ao Haiti, que faz fronteira com a República Dominicana e está sob alto risco de detecção de PSA.
O cenário também disparou o alerta no setor produtivo de suínos do Brasil para a intensificação dos cuidados preventivos contra a enfermidade, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Conforme a entidade, os rígidos procedimentos de biosseguridade adotados pelo setor produtivo foram atualizados e divulgados aos associados pela diretoria técnica, com foco especial na movimentação de pessoas intrassetorial. A preocupação, agora, é com o reforço da exigência do cumprimento de quarentena para brasileiros e estrangeiros que atuam direta ou indiretamente no setor produtivo, e que estejam retornando ao Brasil.
Ao mesmo tempo, foi reforçada a campanha “Brasil Livre de PSA”, iniciativa da associação focada especificamente nos suinocultores de todo o país. A campanha traz alertas contra a visitação nas granjas, e indica cuidados para minimizar as chances da circulação da enfermidade no País.
“Imediatamente após a divulgação da notícia, estabelecemos contato com o MAPA e iniciamos tratativas para a composição de medidas preventivas em portos e aeroportos, além das granjas, que são os principais pontos de atenção. O trabalho segue evoluindo em linha com o que o ministério já tem executado com sucesso”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin, lembrando que o Brasil não registra focos de PSA desde 1984.
usda