Desde o dia 23 do mês passado, o Rio Paraguai vem registrando níveis negativos que só aumentam com o decorrer da estiagem que atinge a região pantaneira, conforme os dados da Marinha do Brasil, que mantém o monitoramento em vários pontos do rio. A medida negativa ocorre em solo sul-mato-grossense, no Forte Coimbra.
Ali, nessa segunda-feira (2), o Centro de Hidrologia e Navegação do Oeste apontou o menor nível desde 23 de janeiro, quando a marca era de -23 centímetros e se recuperava de uma forte estiagem que chegou a marca de um metro e 45 centímetros abaixo de zero, em outubro. Hoje, a marca de -26 centímetros foi alcançada no local.
Ali, nessa segunda-feira (2), o Centro de Hidrologia e Navegação do Oeste apontou o menor nível desde 23 de janeiro, quando a marca era de -23 centímetros e se recuperava de uma forte estiagem que chegou a marca de um metro e 45 centímetros abaixo de zero, em outubro. Hoje, a marca de -26 centímetros foi alcançada no local.
No mesmo ponto, em 2 de agosto do ano passado, a marca era de 36 centímetros – ou seja, 59 centímetros a mais. Os registros feitos pela Marinha nos últimos cinco anos, mostram uma queda acentuada. Nessa mesma data, em 2016, o registrado no Forte Coimbra era de 3,05 metros, contra 3,84 metros em 2017 e 4,32 metros em 2018.
Contudo, de 2019 em diante, o número passou a cair. Nesse ano, a Marinha mediu o nível do Rio Paraguai em 2,98 metros na régua do Forte Coimbra, no dia 2 de agosto. Já se comparado a outras datas, os 23 centímetros negativos é a menor marca atingida no mês.
Outros locais
A Marinha mantém outras duas réguas em Porto Murtinho e em Ladário, aferindo diariamente o nível do Rio Paraguai. Nesses locais, o nível é sempre maior. Em Ladário, hoje, foi de 89 centímetros, marca entre as 20 piores do ano. Já em Porto Murtinho, a marca foi de dois metros, a 22ª pior até aqui.
Em Cáceres, no Mato Grosso, o nível que nunca foi negativo nesses cinco anos registrados, se aproxima de tal esse ano. Lá, o rio atualmente está nos 56 centímetros, a menor marca de 2021 e uma das piores já vistas.
Apesar de constar números negativos e bastante baixos, eles não significam que o rio está seco, mas sim, que ele está abaixo do nível de referência. Um dos problemas causados pelo números baixos, é o de prejudicar a navegação, atrapalhando a movimentação de mercadorias como o minério, transportados a partir de Corumbá em navios.
Preocupação
Esse também é o terceiro ano seguido que o Rio Paraguai não apresenta pulso de inundação, gerando uma expectativa de um cenário pior ainda no mês de outubro desse ano. A última cheia do rio foi em 2018, com pico de 5,35 metros.
“Esse cenário traz mais preocupação, porque a seca este ano aparenta ser mais severa do que a que ocorreu ano passado, quando foram vivenciados vários impactos negativos na região”, afirma o pesquisador Marcelo Parente Henriques, Serviço Geológico do Brasil
chno