O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quinta-feira, 26, que a filial afegã do Estado Islâmico pagará pelo atentado que deixou ao menos 12 militares americanos mortos e 60 afegãos no Aeroporto de Cabul. Biden disse ainda que a operação de retirada de americanos e aliado afegãos do país, que está há quase duas semanas sob controle do Taleban, não será interrompida.
Biden, no entanto, não deu detalhes sobre qual será a retaliação e ressaltou que o calendário de retirada não será alterado em virtude do ataque.
“Aos que executaram esse ataque: não perdoaremos nem esqueceremos. Caçaremos vocês e faremos vocês pagarem”, disse o presidente.
Biden ainda ofereceu condolências às famílias das vítimas do ataque e lembrou que serviços de inteligência americano já temiam uma ação do Isis-K – como é conhecido o grupo. O presidente também ressaltou que o Isis-K e o Taleban são rivais dentro do Afeganistão.
“Situação no terreno evoluindo e sigo sendo informado. As pessoas que perderam a vida eram heróis que participavam da retirada de milhares de americanos militares”, disse.
Ataque devastador
Mais cedo, um duplo atentado suicida no Aeroporto Hamid Karzai, em Cabul, no Afeganistão, matou ao menos 12 militares americanos e 60 civis afegãos. O ataque foi o segundo mais letal para tropas americanas desde o início da ocupação e foi executado por dois homens-bomba que se explodiram em pontos distintos dos terminal. A filial afegã do Estado Islâmico, conhecida como Isis-K e rival do Taleban, reivindicou as explosões.
As explosões ocorreram na entrada do aeroporto, onde ocorre a retirada de cidadãos ocidentais e colaboradores afegãos da missão da Otan no país. Na noite de quarta-feira, já havia temores de um ataque. A embaixada dos EUA recomendou que cidadãos em três portões de aeroporto saíssem imediatamente do local devido a uma ameaça à segurança não especificada.
ae