Tempo seco ameaça soja e milho no Sul do Brasil, aponta consultoria

Os problemas causados às lavouras de soja da safra 2021/22 pela redução da umidade e pelas temperaturas altas ainda são pontuais, mas a previsão de pouca chuva para a primeira quinzena de dezembro acende o sinal de alerta para os produtores que têm soja recém-plantada, cuja germinação pode ser impactada pela estiagem, e para aqueles que já possuem talhões em fase reprodutiva, quando a demanda por umidade cresce.

Dados da AgRural mostram que 94% da área estimada para a safra 2021/22 estava plantada até quinta-feira (02), contra 90% uma semana antes e 90%, também, no mesmo período do ano passado. Devido ao tempo mais seco, apenas o Rio Grande do Sul e Santa Catarina têm ritmo inferior à média.

No resto do país, por outro lado, a safra vai muito bem até o momento, e a expectativa é de que a colheita já comece por volta do Natal em áreas mais adiantadas de Mato Grosso.

Milho

Apesar de algumas pancadas de chuva registradas  no Rio Grande do Sul, a distribuição foi irregular e os volumes, pequenos. Essas precipitações amenizaram a situação do milho verão apenas momentaneamente, e a previsão de continuidade do tempo quente e seco é ameaça de mais perdas para as lavouras gaúchas. Além disso, áreas em pendoamento em Santa Catarina e no Paraná também podem ter prejuízos caso a previsão de tempo quente e seco se confirme.

No resto do Centro-Sul do Brasil, que tem calendário mais tardio, o milho se desenvolve sob boas condições climáticas. Até quinta-feira (02), 94% da área estimada para o milho verão 2021/22 estava semeada na região, contra 93% uma semana antes e 96% no mesmo período do ano passado, de acordo com levantamento da AgRural.

 

 

 

agrural

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