Técnica da Seleção Brasileira de Futebol Feminino elogia meia-campista Formiga: ´´Única“

Pia Sundhage tem quase cinco décadas dedicadas ao futebol. Enfrentou como artilheira da Suécia as grandes seleções do planeta, conheceu muitas estrelas do futebol feminino e hoje, aos 61 anos, se dedica a treinar o Brasil. Com tamanho conhecimento, ela não esconde seu apreço pela meio-campista Formiga, em sua visão, insubstituível e personalidade única da modalidade.

“Devo dizer que a vi jogando todas essas Olimpíadas e também estive lá. Mas tenho jogado, olhado e treinado. Ela está jogando, nada mais! Jogar sete Olimpíadas e sete Copas do Mundo, uau, é simplesmente incrível”, elogia Pia Sundhage. “É difícil descrever o quão grande ela é. Como as pessoas olham para ela, como as pessoas a tratam, como as pessoas são gratas por tudo que ela fez”, continua sua avaliação.

Pia Sundhage teve a honra de dirigir Formiga nestes pouco mais de dois anos no comando da seleção brasileira e ficou encantada com a jogadora e a pessoa, a ponto de defini-la como única. Na visão da experiente treinadora, um personagem raro que merecia todas as honrarias.

“Ela não é uma mulher com grandes palavras, é mais uma mulher com grandes ações. A maneira como ela tocou, em todo o mundo, é realmente impressionante. Vou dizer agora: nunca mais haverá Formiga. Nem agora, nem em 100 anos, nem nunca”, enfatiza. “Acho que não há mais ninguém sobre quem você possa dizer isso. Nem mesmo do lado dos homens.”

A técnica faz uma análise completa de Formiga e sua importância ao futebol feminino e à seleção brasileira, da qual se despediu faz algumas semanas. “Vamos lembrar como o futebol feminino foi tratado no início. Ela quebrou tantas barreiras para ex-jogadores, para jogadores atuais, para futuras jogadoras, para qualquer pessoa envolvida no futebol feminino, não só pelo futebol, mas pela pessoa que ela é, pela sua atitude”, avalia.

Por fim, Pia faz um agradecimento à eterna camisa 8. “Você pode imaginar quantos obstáculos ela teve que superar, quantas vezes disseram ‘não’, mas ela continuou jogando esse tipo de futebol até agora. Estou muito, muito orgulhoso da Formiga. Ela não sabe o quanto significa para mim e para o futebol feminino.”

cbf

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