A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Energisa em Mato Grosso do Sul entra no terceiro ano à espera de conclusão.
A princípio, a comissão que deveria ser concluída em 120 dias, foi paralisada mais de duas vezes devido ao avanço da pandemia da Covid-19 e por percalços na justiça, movido pela empresa de energia.
Em 16 de junho do ano passado, a CPI teve vitória após o TJMS (Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul) denegar mandado de segurança impetrado pela Energisa contra a Comissão, na tentativa de barrar a realização da perícia em 200 relógios medidores de energia pela equipe técnica do laboratório da USP (Universidade de São Paulo) de São Carlos.
A empresa alegava que a Universidade não era reconhecida pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). Porém, segundo a resolução da Aneel, a aferição dos relógios pode ser feita pela rede de laboratórios acreditados no Inmetro, ou não, desde que a equipe técnica esteja devidamente habilitada e capacitada, com seus equipamentos calibrados de acordo com os preceitos do Instituto Metrológico.
A partir de então, os trabalhos poderiam ter continuidade com a avaliação dos medidores, mas esbarrou na USP. É que os técnicos que deveriam analisar os relógios, estavam afastados à espera da terceira dose da vacina contra o coronavírus.
Na época, a informação foi repassada pelo presidente da Comissão, o deputado estadual Felipe Orro. Na oportunidade, ele disse que após a análise, a conclusão da Comissão seria rápida, mas até o momento, não houve mais movimentação.
A assessoria do Deputado Estadual, Felipe Orro, afirmou que o mesmo está com problemas particulares, e não poderia dar mais informações no momento.
O vice-presidente da CPI, deputado Barbosinha (DEM) e o relator da Comissão, Capitão Contar (PSL), também foram acionados, mas nenhum dos dois respondeu até o fechamento deste texto.
mdx