O ex-juiz e pré-candidato à Presidência da República, Sérgio Moro (Podemos) afirmou, nesta quinta-feira, 13, que a volta da CPMF e o aumento de impostos estão “fora de cogitação” caso ele seja eleito. Na mesma publicação, o candidato declarou que além dele próprio “apenas Affonso Pastore” responde por seu programa econômico.
A polêmica em torno da volta da CPMF surgiu após a informação de que o economista e professor Marcos Cintra estava colaborando com o plano econômico de Moro. Em entrevista ao portal UOL, o economista chegou a afirmar que a contribuição era “essencial em qualquer reforma tributária” e que deveria ser vista “sem preconceito”. Posteriormente, Cintra voltou atrás e declarou que a taxação sobre movimentação financeira era “coisa do passado”.
Cintra é filiado ao PSL e atuou como secretário especial da Receita Federal no governo Bolsonaro. Em 2019, o economista foi demitido e, na época, Bolsonaro disse, em rede social, que Cintra pediu para sair do cargo por “divergências” sobre a reforma tributária – ele já defendia a criação de um tributo semelhante à CPMF.
A CPMF, ou Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, começou a ser aplicada em 1997 e incidiu sobre todas as movimentações bancárias. A cobrança tinha como objetivo direcionar a arrecadação para a área da saúde e foi extinta em 2007, mas, de tempos em tempos, o tributo volta ao debate econômico.
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