O ex-governador André Puccinelli (MDB) apareceu de surpresa na Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) para ‘flertar’ com prefeitos, após assembleia-geral realizada pela entidade na tarde desta última quarta-feira (19).
Principal liderança política do MDB no Estado, André se articula para disputar à sucessão do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) nas eleições de outubro deste ano.
No salão de festas da entidade municipalista, o ex-governador conversou com vários prefeitos e prefeitas, entre as quais, Vanda Camilo, do PP dos deputados estaduais Evander Vendramini e Gerson Claro, presidente e vice-presidente regional.
A ideia é atrair apoio a sua pré-candidatura ao Governo do Estado, fortalecendo suas bases eleitorais no interior, onde o MDB perdeu terreno após ver a sua hegemonia política interrompida em Mato Grosso do Sul depois de oito anos no comando do Parque dos Poderes.
Se seu projeto político prosperar, André deve enfrentar no próximo pleito o secretário Eduardo Riedel (Infraestrutura), candidato do PSDB ao Governo do Estado.
Outros nomes são apontados como possíveis postulantes ao cargo, como a deputada federal Rose Modesto, que analisa a possibilidade de trocar o PSDB pelo União Brasil, resultado da fusão entre o DEM e o PSL, e o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD).
Rose, inclusive, promete anunciar a sua candidatura no dia 10 de fevereiro. Interlocutores da parlamentar garantem que ela deve deixar o PSDB aproveitando a janela partidária, que vai de 3 de março a 1º de abril.
Presidência
Apesar do confronto iminente em Mato Grosso do Sul, algumas lideranças políticas defendem o MDB aliado ao projeto do PSDB no plano nacional.
Ex-ministro da Secretaria de Governo de Michel Temer, Carlos Marun (MDB), por exemplo, disse a um grupo de militantes do partido que o governador João Doria (PSDB) é um possível aliado da senadora Simone Tebet (MDB-MS), pré-candidata ao Palácio do Planalto.
Ele respondia, no grupo de WhatsApp “Militância Virtual do MDB” a pessoas que criticavam um possível apoio de Tebet a Doria. O tucano já disse que quer ter uma mulher como sua candidata a vice, o que tem alimentado especulações de que esse nome poderia ser o da senadora. “Isto é uma construção onde Doria não é agora adversário. É um possível aliado”, afirmou Marun no grupo.
Ex-deputado federal por Mato Grosso do Sul, ele afirmou que defende um projeto único de candidatura de centro, que juntaria PSDB, MDB, PSB e União Brasil.
“Penso que a melhor candidata que temos é a Simone. Mas isso não quer dizer que vamos chegar nas negociações de forma arrogante”, afirmou. Uma decisão sobre possíveis coligações, seja com Doria ou com outros candidatos, declarou Marun, será tomada apenas mais adiante.
cjt