O agente penitenciário José Ribeiro Apóstolo Júnior, suspeito de matar um torcedor do Palmeiras com um tiro no tórax durante uma confusão nos arredores do Allianz Parque após a derrota do time no Mundial de Clubes, disse em depoimento à polícia que fez o disparo “em legítima defesa”. Ele alega que foi cercado por torcedores e teve o celular arrancado antes de sacar a arma.
Em entrevista coletiva, o delegado Maurício Freire, da Divisão de Operações Especiais, contou que José chegou a dizer aos torcedores que também é palmeirense, mas continuou sendo intimidado pelo grupo. Foi quando ele teria corrido e mostrado a arma, mas continuou perseguido pelos palmeirenses.
Ainda de acordo com o depoimento, José afirma que só fez o disparo quando foi atacado pelos torcedores. O tiro acertou Dante Luiz Oliveira Rosa, de 40 anos. Ele chegou a receber massagem cardíaca de pessoas que estavam próximas e foi encaminhado em estado grave ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu.
Após o início da confusão, a cavalaria da Polícia Militar e a Tropa de Choque entraram em ação e dispararam bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersar a multidão. Houve correria e empurra-empurra.
“Houve alguns focos de briga entre torcedores, que desencadearam tumulto e um homem foi baleado”, disse a Secretaria da Segurança Pública (SSP) em nota divulgada à imprensa. “Imagens serão analisadas para a identificação de outros envolvidos.”
José Ribeiro Apóstolo Júnior não faz parte de nenhuma torcida uniformizada, segundo Freire. Ele foi preso ainda no sábado e encaminhado para a Delegacia de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade). O suspeito foi atuado em flagrante por homicídio doloso qualificado e deve passar por uma audiência de custódia nos próximos dias.
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