O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), comunicou a seu vice, Rodrigo Garcia (PSDB), e aliados que não vai mais deixar o cargo e desistiu de disputar a Presidência da República nas eleições 2022.
João Doria disse a Rodrigo Garcia que não disputará a reeleição e o apoiaria, mas o vice reagiu, pois esperava justamente assumir o cargo para que sua candidatura ganhasse tração. Rodrigo Garcia também disse ao governador que só migrou do DEM para o PSDB diante da promessa de assumir o estado nos próximos nove meses.
O movimento de Doria provocou reações imediatas no PSDB paulista. Deputados estaduais do partido afirmaram que passariam a defender um impeachment do governador.
Rodrigo Garcia decidiu acelerar sua desincompatibilização da Secretaria de Governo, o que já seria obrigado a fazer caso quisesse disputar a eleição.
A atitude de Doria foi vista por setores do PSDB como chantagem. A visão é que uma derrota na disputa para o governo paulista poderia ser o fim do partido. E ao ficar no cargo e dificultar as chances de Garcia, Doria estaria se vingando de parte da cúpula da legenda que convenceu Eduardo Leite a ficar no PSDB para tentar uma troca de candidatura presidencial até o período das convenções.
A situação ainda é de muita incerteza e diversas conversas políticas vão acontecer ao longo do dia. Há uma romaria de caciques tucanos em direção ao Palácio dos Bandeirantes.
Doria cancelou parte da agenda e manteve apenas uma reunião com prefeitos às 16h, na qual anunciará sua decisão. Mas o prazo final de desincompatibilização é dia 2 de abril. Com agências nacionais.
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