O ex-juiz federal Sergio Moro (União Brasil) reafirmou nesta sexta-feira (8) que não cogita concorrer a uma vaga como deputado federal nas eleições deste ano e que ainda não desistiu de ser candidato à Presidência da República.
Durante entrevista a um centro de pesquisas dos Estados Unidos, Moro disse que quando se filiou ao União Brasil, em março deste ano, deixou claro ao presidente da legenda, deputado Luciano Bivar (PE), que não está nos seus planos disputar a Câmara dos Deputados e que o seu objetivo é participar da corrida presidencial. Apesar disso, o União Brasil já anunciou que pretende limitar o projeto de Moro a São Paulo.
“Eu não posso ir para um novo partido e dizer ‘sou o candidato presidencial’. No entanto, meu nome está disponível para esta posição ou outra que eles entendam que possamos trabalhar. Mas já disse que não serei candidato a deputado federal”, garantiu o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Jair Bolsonaro (PL), acrescentando que o seu nome “segue disponível na mesa”.
“Isso depende da decisão do presidente do partido, Luciano Bivar. Eu disse desde o começo que nunca desistiria da eleição presidencial”, frisou.
De acordo com Moro, a troca do Podemos pelo União Brasil foi porque ele queria estar em um partido com maior potencial para garantir uma vitória nas urnas. “Entendi que eu preciso de um partido mais forte para vencer a polarização”, analisou o ex-juiz.
Por mais que Moro tenha a ambição de disputar a Presidência, o partido dele deve lançar um candidato único ao Planalto em conjunto com PSDB, MDB e Cidadania. O ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) e a senadora Simone Tebet (MDB-MS) são pré-candidatos e disputam a preferência das siglas.
Durante a entrevista, Moro disse que esses partidos não podem se desmobilizar. Na opinião dele, caso não haja consenso, será difícil derrotar o presidente Jair Bolsonaro, pré-candidato do PL, ou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do PT.
“Sem sacrifício para unir o centro, não iremos a lugar algum. Já é difícil enfrentar a polarização no Brasil entre Lula e Bolsonaro. De certa maneira, um alimenta o outro. Se o centro estiver fragmentado, como estava, acredito que seria muito difícil vencer esse desafio”, observou.
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