Rússia bombardeia último bolsão de resistência em Mariupol

Neste domingo, forças russas atacaram a Azovstal, uma grande siderúrgica com o último bolsão de resistência ucraniana em Mariupol, cidade portuária no sul da Ucrânia que esteve cercada por seis semanas e cuja captura ajudaria os planos de Moscou para uma ofensiva em grande escala no leste do país.

Com os últimos combatentes ucranianos em Mariupol se recusando a se render, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que a Rússia “está deliberadamente tentando destruir todos os que estão lá”. Além disso, o mandatário afirmou que a Ucrânia precisa de mais armas pesadas do Ocidente para ter alguma chance de salvar a cidade portuária.

“Ou nossos parceiros dão à Ucrânia todas as armas pesadas necessárias, os aviões e, sem exageros, imediatamente, para que possamos reduzir a pressão dos ocupantes em Mariupol e quebrar o bloqueio, ou o fazemos por meio de negociações, nas quais o papel de nossos parceiros é decisivo.”

Mais cedo, Zelensky havia dito a jornalistas ucranianos que o contínuo cerco de Mariupol poderia frustrar as tentativas de negociar o fim da guerra.

No sábado, 16, um porta-voz do Ministério da Defesa russo disse que as forças ucranianas foram expulsas da maior parte da cidade e permanecem apenas na siderúrgica Azovstal, onde os túneis permitem que os defensores se escondam e resistam até ficarem sem munição.

Os russos já controlam o que resta da cidade, após semanas de bombardeio. Atacar a siderúrgica faz parte dos preparativos da Rússia para o ataque no leste da Ucrânia.

 

 

reuters

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