O policial civil aposentado e atual vereador Marcos Bello Benites (PSDB) é um dos investigados na “Operação Codicia”, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai.
O Gaeco não divulgou os nomes dos alvos da operação, que apura cobrança de propina para liberação de veículos apreendidos e até desvio de droga do depósito da polícia. Entretanto, o Campo Grande News conseguiu confirmar a identidade de nove investigados.
Casado com uma escrivã da Polícia Civil, Marcos Bello Benites foi alvo de mandado de busca e apreensão. Durante as buscas na casa dele, os agentes do Gaeco encontraram uma pistola calibre 380 registrada em nome do vereador.
O registro estava vencido, por isso o dono da arma foi levado à delegacia para prestar depoimento. Segundo a polícia, a arma encontrada no guarda-roupa do quarto do casal estava sem munição e travada. O registro vencido não configura crime, apenas problema administrativo.
Entre as medidas judiciais cumpridas na operação, está o afastamento do delegado Patrick Linares da Costa, chefe da 2ª Delegacia de Ponta Porã. Ele prestou depoimento na Corregedoria em Campo Grande.
Além do vereador e do delegado, a reportagem apurou que outros investigados são Adriana Jarsen, Jonathan Pontes Gusmão, Mauro Ranzem, Márcio André Molina, Rogério Insfran (perito), Valdinei Peromalle e a escrivã aposentada identificada apenas como Doelza.
Adriana e Valdinei são escrivães aposentados. Jhonatan Gusmão e Doelza não estavam na cidade e por isso não teriam sido presos. O Gaeco não divulgou o balanço da operação, mas dinheiro em notas de dólar e real, além de armas e joias, foram apreendidos.
cgnw