Em uma longa reunião prevista para durar toda esta segunda-feira (23), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador Geraldo Alckmin vão estabelecer com partidos da coligação uma estratégia para ampliar o palanque da campanha presidencial.
O encontro acontecerá em um hotel nos Jardins, em São Paulo. A intenção é definir o papel do Conselho Político da campanha eleitoral e as prioridades da corrida presidencial, além de debater soluções para os palanques regionais.
Segundo presidentes de partidos ouvidos, toda a estratégia que está sendo definida é para tirar de Lula o carimbo de um candidato do campo da esquerda e transformá-lo em um candidato de perfil de centro. E, com isso, atrair o eleitorado moderado que está afastado do petista, mas que também rejeita o presidente Jair Bolsonaro (PL).
A estratégia será colocada em prática em dois eixos principais: os palanques nos estados com candidatos e partidos de perfil conservador e de centro, como aconteceu com o PSD do ex-prefeito Alexandre Kalil, em Minas Gerais; e um programa de governo que possa diminuir resistências do empresariado e do mercado financeiro.
Além de PT e PSB, estarão presentes representantes e presidentes dos partidos: Solidariedade, PV, PC do B, Rede Sustentabilidade e PSOL.
Programação
Segundo informe, na parte da manhã, haverá uma apresentação do cientista político Marcos Coimbra.
Na sequência, haverá “um debate da conjuntura e dos rumos da campanha, com o desafio de se abordar o papel do Conselho Político dentro desse contexto”. E “espera-se que o debate forneça subsídios para uma futura proposta de composição do conselho, a ser debatida na coordenação da coligação”.
Na parte da tarde, serão definidos os eixos principais da campanha: Plano de governo, Comunicação, Agenda, Mobilização e Finanças.
“A síntese desse encontro deverá ser incorporada na primeira reunião que cada área da campanha realizar, já com a participação dos representantes dos partidos. Para fechar o ciclo desse processo, o responsável de cada fará uma devolutiva à coordenação da coligação para que os presidentes dos partidos possam acompanhar o andamento do trabalho e ter domínio das informações. Essa dinâmica não impede que algum assunto ou alguma área da campanha possa ser objeto de debate específico no âmbito da coordenação da coligação”, afirma o texto distribuído aos partidos.
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