O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, liberou o diretório estadual a formalizar aliança com qualquer outro partido. Na prática, o pré-candidato Eduardo Riedel tem carta branca independentemente do apoio tucano à presidenciável Simone Tebet (MDB-MS).
O único apoio garantido por enquanto é do Cidadania, por força da federação da legenda com o PSDB. Mas já há pelo menos mais três partidos que caminharão com o ex-secretário de Estado de Infraestrutura.
“A nossa aliança é de centro-direita, com o PP, o PL e o Republicanos”, disse Riedel durante o 1º Simpósio de Bioenergia, na Casa da Indústria, na sexta-feira (10).
Pelo PP, a deputada federal e ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina, será a pré-candidata ao Senado na coligação tucana. Riedel declarou apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) e a parlamentar articulou uma visita do chefe do Executivo federal ainda em junho para sacramentar o apoio.
O PSDB abriu mão de ter postulante ao Palácio do Planalto pela primeira vez desde a redemocratização. Mario Covas disputou em 1989; Fernando Henrique Cardoso, em 1994 e 1998; José Serra, em 2002 e 2010; Geraldo Alckmin, em 2006 e 2018; e Aécio Neves, em 2014.
“O governador Reinaldo Azambuja e o nosso pré-candidato, Eduardo Riedel, têm autonomia e nossa total confiança para conduzir todo o processo no Mato Grosso do Sul. Eu pessoalmente me dediquei à possibilidade de um entendimento local entre o MDB e o PSDB. As realidades locais são mais poderosas do que alianças nacionais e respeito isso. Sempre foi assim. O PSDB do MS está política e moralmente livre para tomar a decisão que melhor se adequar a sua realidade local”, declarou Bruno Araújo.
Os tucanos chegaram a pedir que o MDB retirasse a pré-candidatura do ex-governador André Puccinelli para apoiar Riedel, mas como não houve consenso, essa condição foi retirada. Em 2018, o então candidato à reeleição Reinaldo Azambuja apoiou Alckmin no primeiro turno e Bolsonaro no segundo turno.
psdb