Em edição extra do Diário Oficial da União desta quinta-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro, sancionou o projeto de lei aprovado pelo Congresso que limita o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), mas em contrapartida, vetou a compensação aos estados para manter os mesmos valores de gastos com saúde e educação de antes da sanção.
A nova lei classifica itens como diesel, gasolina, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo como essenciais. Com isso, os estados não podem cobrar taxa superior à alíquota, que varia entre 17% e 18%.
Segundo o UOL, além do veto à compensação aos pisos constitucionais da saúde e educação, também foi vetada a contratação de empréstimo para estados que já tivessem a alíquota prevista na nova lei. O presidente manteve compensação para entes endividados que tiveram perda na arrecadação acima de 5% na comparação entre 2022 e 2021. “A despeito do ambiente de pandemia, nos últimos dois anos foi observada melhora significativa na situação fiscal de estados e municípios, especialmente em decorrência do crescimento da arrecadação de ICMS”.
Ainda de acordo com o UOL, Os vetos do presidente Jair Bolsonaro acontecem após, o ministro da Economia, Paulo Guedes, bater o martelo quanto à ampliação em R$ 200, para R$ 600 por mês, do valor do Auxílio Brasil (ex-Bolsa Família) e ao lançamento do auxílio-caminhoneiro de R$ 1.000, batizado de “Pix Caminhoneiro”, para compensar a alta do diesel no Brasil. O UOL apurou que o ministro também apoia a ideia de dobrar o valor do auxílio-gás, hoje em R$ 53.
Essas três ações, com um custo total estimado de R$ 29 bilhões, já estão sendo discutidas com os líderes dos partidos no Congresso. As medidas surgem em um momento em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tenta melhorar sua popularidade para buscar a reeleição. Ele aparece atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas pesquisas de intenção de voto, algumas projetam vitória de Lula já no primeiro turno.