O Governo do Estado criou dois programas sociais em que foram investidos R$ 1 bilhão para ajudar as pessoas que mais precisam. O governador Reinaldo Azambuja falou sobre o assunto nesta quarta-feira (14) em entrevistas às rádios Difusora Pantanal e CBN Campo Grande.
“Nós temos os dois maiores programas sociais dos estados brasileiros hoje. Nenhum estado pós-retomada da economia conseguiu implantar dois programas que distribuem R$ 1 bilhão em dividendos à população mais carente: o Mais Social e o Energia Social”, afirmou o governador.
Ontem, o governador Reinaldo Azambuja entregou mais 1.643 cartões para famílias carentes de Campo Grande somando 80 mil beneficiados nos 79 municípios do Estado. Elas receberam um cartão com R$ 300 por mês para compra de alimentos, material de higiene e gás de cozinha. O cartão pode ser usado em qualquer estabelecimento comercial, mas não é permitida a compra de bebidas alcóolicas e de cigarros. A previsão é de que 100 mil famílias sejam assistidas em todo o Estado até o fim de 2022.
Além disso, o Governo do Estado paga a conta de luz para 162 mil famílias em Mato Grosso do Sul. São contempladas com o pagamento da conta as residências que utilizam até 220 kWh por mês e com famílias inscritas no CadÚnico (Cadastro Único) do Governo Federal.
Concessão das rodovias
Reinaldo Azambuja falou ainda sobre o projeto de concessão à iniciativa privada da rodovia MS-112 e de trechos das BR-158 e BR-436. Ele lembrou que o leilão na B3 será realizado em novembro. “Está no escopo de uma concessão rodoviária que vamos fazer na B3 e o leilão está marcado para final de novembro. Então, no final de novembro nós vamos saber quais os consórcios, quais as empresas que vão ser ganhadoras da concessão. São mais de 400 quilômetros de concessão rodoviária para fazer o quê? Melhorar a rodovia, dar segurança, mudar esse nome da rodovia BR-158 de Rodovia da Morte para Rodovia Segura e com boa condição de trafegabilidade, melhorando o ir e vir das pessoas”, disse.
O prazo de concessão é de 30 anos, atendendo os municípios de Cassilândia, Paranaíba, Aparecida do Taboado, Inocência, Selvíria e Três Lagoas e beneficiando uma população de 230 mil habitantes. A região atendida tem como atividades econômicas a agropecuária, silvicultura e indústrias frigoríficas, de celulose e de açúcar. A estimativa de investimento é de R$ 3,11 bilhões.
De acordo com o Escritório de Parcerias Estratégicas (EPE), além de garantir segurança e conforto aos usuários, a concessão deve reduzir substancialmente o número de acidentes, gerar mais de 2,5 mil empregos diretos e indiretos, diminuir o tempo de deslocamento e dos custos com a manutenção dos veículos, gerar novas oportunidades de negócios na região e uma economia estimada em R$ 3 milhões ao ano, que é o valor investido atualmente na manutenção da rodovia.
São 413,9 quilômetros de extensão (incluído os 3,7 km da ponte rodoferroviária). A MS-112 vai do entroncamento com a BR-158, em Três Lagoas, até o entroncamento com a mesma rodovia federal, em Cassilândia, em uma extensão de 200,9 km. Já o trecho da BR-158 em concessão segue da Rodovia MS-306 (Cassilândia) até o entroncamento com a rodovia MS-444 (Selvíria), totalizando 194,9 km. E o da BR-436, do entroncamento com a rodovia BR-158, em Aparecida do Taboado, até o término da ponte rodoferroviária, em uma extensão de 18,10 km.
Além de implantar acostamentos e dispositivos de retorno, terceira faixa e alargar pontes, entre outros investimentos, a empresa concessionária deverá oferecer socorro mecânico, médico, inspeção de tráfego, combate a incêndios, apreensão de animais e implantar seis Postos de Atendimento ao Usuário.
As rodovias contarão ainda com um centro de controle, responsável por operar 255 câmeras, interligadas por uma rede de fibra óptica, que realizarão a cobertura, em tempo real, de 100% das rodovias, além de 12 painéis fixos e três móveis de mensagens variáveis, sistema de controle de velocidade com 14 radares fixos e sistema móvel de pesagem de veículos, entre outros.
O critério de julgamento da licitação é a maior oferta de outorga da concessão, sendo que os recursos serão revertidos ao Fundersul para a manutenção da malha rodoviária estadual. A estimativa de tráfego na MS-112 e nos trechos das BR-158 e BR-436 no primeiro ano é de 19.500 veículos por dia.
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