Conhecida no Brasil e em Mato Grosso do Sul como destino para a pesca, Porto Murtinho alça novos e importantes voos para seu crescimento. Cidade fronteiriça, o local conta atualmente com 18 mil habitantes e vem dando passos largos rumo ao progresso, graças ai início das obras da ponte da Rota Bioceânica, se transformando em um verdadeiro celeiro de oportunidades.
A afirmação, que soa como um chamamento para esse novo momento econômico do Estado e da região, é do professor Lucio Flávio Joichi Sunakozawa, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e presidente da Aliança Jurídica Internacional da Rota de Integração Latino-americana. Ele foi um dos palestrantes do seminário realizado em Porto Murtinho.
O momento é de preparação, tanto para empresários, como para a classe trabalhadora, que deve estar pronta para a guinada que se torna cada vez mais concreta, abrindo oportunidades para investimentos em novos negócios. A integração física com o Pacífico, por Mato Grosso do Sul, é uma realidade concreta.
Mundo de olho em Murtinho
Com o tema “Porto Murtinho e a geografia da modernidade”, o evento realizado, no auditório do Cine Teatro Ney Machado Mesquita, abordou a perspectiva geopolítica e jurídica da fronteira sudoeste, com a implantação da ligação rodoviária Atlântico-Pacífico. O novo corredor reduzirá tempo e custo no escoamento da produção nacional, em especial do Centro-Oeste, aos mercados asiático, médio oriente e oeste norte-americano.
“Os murtinhense precisam olhar para a transformação que está ocorrendo com essa integração, se conscientizarem das oportunidades que estão surgindo e saírem do comodismo e da descrença com o que vai ser uma mina de ouro”, disse Lucio Flávio, chamando a atenção da população local para se antever a esse novo momento.
O palestrante comentou que a UEMS faz parte de uma rede de universidades dos quatro países da rota (Brasil, Paraguai, Argentina e Chile) voltada à pesquisa do novo eixo e ressaltou que a Bioceânica é hoje o maior projeto transnacional em andamento na América Latina. “Não podemos esperar dois anos, quando a ponte (sobre o Rio Paraguai) estiver pronta, para começar essa nova geografia, Murtinho hoje é um centro de atenção mundial”, observou.
fonte: uems