Vereadores de Campo Grande cobraram a prefeita Adriane Lopes (Patriota) sobre o pagamento de 10,39% de reajuste do total do piso salarial dos professores da Rede Municipal de Campo Grande durante sessão desta terça-feira (22).
Em acordo assinado em fevereiro, pelo ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD), e decretado em 28 de março deste ano, foi prometido reajuste de 67% do piso salarial [nacional e municipal] a ser pago de forma escalonada até 2024.
No acordo, foi determinado o pagamento de 10,06% retroativo a fevereiro, 10,39% em novembro de 2022; em maio de 2023 o valor de 11,67% ; outubro de 2023 o total de 11,67%; 11,67% em maio de 2024 e 11,67% em outubro de 2024.
Vereador de oposição, Marcos Tabosa (PDT) diz que a prefeitura não vem demonstrando interesse em pagar os reajustes acordados e cita outras categorias além dos professores.
“Essa gestão está aí há seis anos, e não tem coragem de fazer um ajuste nessa prefeitura. Queremos o aumento de 10% dos professores agora em dezembro, os 4,78% do piso 20h, os 4,78% do piso de 40h, os 4,78% do linear de todos os servidores da prefeitura”, disse.
Ele ainda pede que o bolsa alimentação para os administrativos, no valor de R$ 600, acordado na questão salarial ao início do ano e a insalubridade dos agentes de saúde, e combate a endemias seja pago.
“Isso já deveria estar sendo pago desde maio”, disse Marcos Tabosa que também é presidente do Sindicato dos Servidores Municipais.
O parlamentar afirmou que terá reunião às 14h de hoje com o Executivo e que espera que a tabela salarial seja corrigida. “Nessa reunião queremos uma proposta. Estamos tentando dialogar, e a prefeita não quer apresentar. Depois não vai falar que o Tabosa é radical. Queremos os reajustes acordados e os pagamentos dos servidores. E não queremos calotes.”
O vereador professor Juari (PSDB) disse, ao tratar da lei 5411, que na época já havia avisado que a forma escalonados não seria cumprida.
“Eu entendi ser uma maneira de deixar a bomba para a frente. Quando eu vi o acordo sendo assinado, e me manifestei contra, já sabia. E olha o que está acontecendo nesse momento. A condicionante é que esses 10% é só se a arrecadação estiver boa, e muitos outros. Foi jogada a bomba na mão da prefeita em momento político, e agora, os professores não podem se prejudicados. Queremos o cumprimento dessas leis.”
O presidente da Casa, vereador Carlos Augusto Borges (PSB), destacou que a prefeita Adriane Lopes deve cumprir os acordos feitos na gestão de Marquinhos Trad (PSD).
“A pessoa quando casa com a viúva tem que assumir os filhos. A prefeita tem que cumprir porque foi feito um acordo com o ex-prefeito, e os professores não podem pagar o pato.”
O vereador Valdir Gomes (PDT), vice-presidente da comissão de Educação da Casa, disse que os professores podem até fazer greve e não entregar a última nota dos alunos, caso não sejam pagos.
“A gente vai defender de frente. Quero reafirmar, que os professores devem deixar de ser usados como manobras de eleição para não acontecer isso aí. E digo mais, se não sair esse aumento, os professores não vão entregar a última nota. Já estão falando em greve. A culpa não é da prefeita, mas tem que ser cumprida.”
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