A nota de Preços e Mercados Agropecuários, divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta sexta-feira (2/12), aponta para uma desaceleração nos preços dos produtos do setor ao longo do terceiro trimestre. A análise foi feita A análise, em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP).
“O Brasil, que é um importante ator no mercado internacional, contribuirá na próxima safra (2022/2023), particularmente, com a soja – crescimento previsto de 22,3% na soja em grão, 5,3% no farelo e 5,3% no óleo frente à safra anterior -, o milho (12,0%), o algodão (16,7%) e o café (5,6%). O trigo, principal produto da pauta de importação do país, deve fechar a safra de inverno de 2022 com alta de 23,7% na produção frente à safra do ano passado. A maior disponibilidade dessas commodities tem contribuído também para a recomposição dos estoques de passagem, que vinham caindo desde o início das políticas de isolamento social estabelecidas devido à pandemia de Covid-19”, indica o Ipea por meio da sua assessoria de imprensa.
A pesquisadora associada do Ipea e uma das coordenadoras da publicação, Ana Cecília Kreter, ressaltou que o preço internacional impacta o preço doméstico porque o Brasil exporta boa parte dessas commodities. “Como o Brasil é competitivo e um dos principais players no mercado internacional para a maior parte das commodities agropecuárias, o aumento da demanda internacional implica em aumento nos embarques, vide a China”, declara.
“Até o momento, para a soja, o principal grão produzido no Brasil, o crescimento de área previsto tem sido corroborado com as informações levantadas pela Conab e, não havendo problemas significativos de produtividade, devemos caminhar para uma safra recorde e recuperação das exportações e dos estoques de passagem para o grão no ano que vem”, afirmou Allan Silveira, superintendente de Inteligência e Gestão da Oferta da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
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