A carcinicultura, ou criação de camarões em cativeiro de tanques escavados utilizando água doce ou salgada, é hoje a maior fonte dessa proteína para consumo no Brasil. Na região Nordeste é onde se concentra quase 100% da produção nacional, que em 2020 alcançou 63 mil toneladas. Destacam-se os estados do Rio Grande do Norte e o Ceará, que juntos representam cerca de 70% desse volume. Mas para obter sucesso nesse tipo de criação é preciso atenção com a montagem dos tanques.
A recomendação de especialistas é para a utilização de uma geomembrana de qualidade e com procedência para o revestimento dos tanques. Um material seguro proporciona maior produtividade, sustentabilidade e a redução do risco de doenças, quesitos importantes principalmente para negócios ligados à produção de camarão e outras espécies aquáticas. Evitando, assim, risco de perfuração e consequentemente perda dos camarões e do investimento realizado na implantação da estrutura para a criação.
Segundo Carolina Palomino, engenheira de polímeros na Nortène, a empresa pioneira e especializada no fornecimento de reservatórios de geomembrana, fazer a escolha certa garante a sobrevivência da atividade. “Nós, por exemplo, oferecemos para esse tipo de tanque a Polimanta Agro, que se destaca por várias características na carnicicultura”, diz.
A profissional aponta como um dos benefícios a redução do risco de doenças. Até pouco tempo atrás a engorda ou recria de camarões era geralmente realizada em viveiros escavados em solo natural, que está suscetível à contaminação pelo vírus da mancha branca, muito agressiva à espécie.
“A impermeabilização dos tanques-berçário (raceways) e dos viveiros com a Geomembrana de PEAD (Polietileno de Alta Densidade) como a nossa, impede a contaminação via solo pelo vírus, que quando ocorre nos tanques-berçário causa mortalidade de 100% das pós-larvas. Pode ser mais efetivo ainda se utilizado em conjunto com uma cobertura de filme ou tela de sombreamento, que também dispomos em nossa linha para a atividade”, pontua Carolina.
Outros ganhos com material certo
O aumento de produtividade também é um dos ganhos que se tem com a escolha correta por uma geomembrana de PEAD. Por exemplo, uma impermeabilização utilizando o material possibilita o aumento na densidade de estocagem de 5 a 25 larvas/m2 para 100 a 300 larvas/m2, ou seja, 10x em relação ao sistema convencional sem impermeabilização. “Isto se deve ao ambiente seguro que se forma ao se evitar o contato direto com o solo e prováveis vetores e contaminações”, esclarece a especialista.
Além disso, existe mais agilidade no repovoamento, já que nos viveiros escavados em solo natural o processo de limpeza após a despesca dura aproximadamente 15 dias. Já nos tanques impermeabilizados com geomembrana de PEAD, o repovoamento pode ser realizado imediatamente após a limpeza dos resíduos orgânicos, sem nenhuma etapa intermediária que exija tempo adicional. Para a engenheira, isso propicia ganho de produtividade, já que esse período economizado garante, ao menos, uma produção a mais no ano.
Outro ponto que a Polimanta Agro favorece a carnicicultura é a facilitação na reutilização da água, pois os tanques são completamente esvaziados em cada despesca, após a fase de engorda. “A utilização da geomembrana permite a reutilização da água, que é transportada através de canais e imediatamente reaproveitada no viveiro seguinte. Dessa forma, além de não haver perda com infiltração, a geomembrana promove sustentabilidade ambiental”, sinaliza Carolina.
Do que é feita
A Polimanta Agro da Norténe é fabricada com resina virgem de polietileno de alta qualidade. São adicionados à resina o negro de fumo, termoestabilizantes e antioxidantes que garantem resistência aos raios ultravioleta e às intempéries, mesmo em condições de exposição ao ambiente agressivo. “Entre os diferenciais da Polimanta Agro, quando comparada a uma geomembrana padrão, destacam-se maior resistência mecânica, principalmente resistência à perfuração, além da elevada durabilidade e tempo de garantia de sete anos”, diz a profissional.
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