Os três cemitérios públicos de Campo Grande – Santo Amaro, Santo Antônio e Cruzeiro – começarão a funcionar com nova norma de sepultamento a partir de 2023. Segundo Marcelo Fonseca, da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) e responsável pela administração dos três cemitérios, nova lei tornará proibido o enterro de caixões na terra e apenas será permitido o sepultamento em gavetas.
Fonseca esclareceu em nota, que se trata de uma decisão nacional proveniente do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) e que deverá ser adaptada pelo Município. A lei segue em trâmite no jurídico da Sisep e depois passará pela Câmara de Vereadores. A expectativa é que a nova norma esteja em vigor em janeiro de 2023.
“O que vai acontecer em Campo Grande é uma adaptação de medida nacional, uma adequação das normas do Conama, porque a nossa legislação do cemitério está muito ultrapassada já. Desde que a Sisep assumiu em 2019, a gente já deveria atualizar esse decreto”, ressalta.
Marcelo ainda contou que o processo ficou atrasado por causa da pandemia, mas que as equipes já convocam os titulares dos três terrenos para que eles, na medida do possível, já se antecipem à nova medida.
“No momento não é impedido enterrar no solo, mas está sendo orientado o modelo de gaveta. Com a nova regulamentação, aí será obrigatório”. Marcelo ainda diz se tratar de um processo longo e que, daqui a 10 anos, é possível que ainda estejam adequando os lotes.
O que muda para as famílias
Para as famílias, o processo de sepultamento dos entes falecidos nos cemitérios públicos se mantém o mesmo e não haverá cobrança adicional.
“O processo se mantém o mesmo e não há cobrança da prefeitura. Mas a adequação da gaveta é por conta da família devido aos lotes titularizados. Daí cada família vai escolher quantas gavetas serão colocadas, se haverá decoração, o material utilizado, contratações terceirizadas. A prefeitura orienta com a planta e como deve ser feito o jazigo, mas a partir daí o custo é da família e tem total liberdade de escolher com quem construir desde que atenda as regras das plantas”, afirma Fonseca.