A deputada estadual Lia Nogueira (PSDB) denunciou, na tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, que Dourados e os municípios da região, que são atendidos pela Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde de Dourados), por meio do Hospital da Vida, podem ficar sem cirurgia ortopédica devido a falta de materiais necessários para os procedimentos por falta de pagamento ao fornecedor de materiais de implantes cirúrgicos e a falha na autoclave.
Conforme o fornecedor, Biomed materiais de implantes cirúrgicos, foi encaminhada à Funsaud uma nota fiscal há pelo menos 90 dias, que não foi paga e hoje soma-se R$320 mil, assim, diante da falta de pagamento, irá suspender o fornecimento de materiais de implantes cirúrgicos.
“O fornecedor deu o prazo de sete dias para a regularização do pagamento, caso contrário, não vai mais entregar, a partir do dia 11 deste mês, mantendo o fornecimento apenas de Fios de Kirschner, de aço inoxidável, e Fixadores. É uma situação preocupante, ainda mais se considerarmos que, em média, são realizadas 300 cirurgias por mês, considerando as agendadas com antecedência e as emergenciais, podendo chegar a 400”, afirmou Lia Nogueira.
Autoclave
O equipamento, que apresentou falhas no último dia 4, sem peça para substituição, é o que faz a esterilização dos materiais utilizados nas cirurgias. Para que o hospital não fique completamente desassistido, a esterilização de materiais básicos tem sido feita na autoclave da UPA (Unidade de Pronto Atendimento).
“O problema é que além de toda a logística para levar esses materiais, não há espaço físico na UPA para que seja feita a esterilização das caixas ortopédicas de implantes, correndo o risco de serem contaminados. É preciso que seja tomada uma medida urgente”, disse preocupada a deputada.
Por meio de requerimento, Lia Nogueira solicitou a intervenção do MPE (Ministério Público Estadual) no caso, para que sejam tomadas as medidas necessárias para evitar a paralisação das cirurgias do setor de ortopedia e, caso isso ocorra, que os responsáveis sejam responsabilizados pela má gestão.
GE