Com o objetivo de ofertar prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama, a unidade móvel do Hospital de Amor está realizando exames mamografia em reeducandas do EPFIIZ (Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi”), na capital.
A ação acontece por meio da parceria entre a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Hospital do Amor, e SES (Secretaria de Estado de Saúde) e, Sesau (secretaria Municipal de saúde de Campo Grande).
De acordo com a técnica de radiologia Joyce Évilin Alves Leite, na carreta, é utilizado o mamógrafo digital de alta tecnologia, não sendo necessário revelar o filme, o que na prática representa resultado imediato, com qualidade de imagem superior ao analógico. “Isso significa que é possível verificarmos se o exame ficou bom na mesma hora” explica.
A profissional destaca, ainda, que a mamogrografia consegue um rastreamento mais preciso, principalmente naqueles casos que o nódulo ainda não é palpável, podendo detectar o câncer no início, elevando a 90% as chances de cura.
A previsão é que sejam atendidas 40 reeducandas, com faixa etária entre 40 a 69 anos. Uma das assistidas foi a interna C.S.N., 41 anos, que agradeceu a oportunidade de cuidar da saúde mesmo dentro da prisão.
“É muito importante, eu nuca tive histórico na família, mas é uma forma de eu me prevenir”, disse, ressaltando que também já teve acesso a outros exames, como de sangue e de vista.
Responsável por coordenar os trabalhos no local, o auxiliar administrativo do Hospital de Amor, Marcus Paulo Rodrigues de Souza, informa que os atendimentos às detentas seguem o mesmo padrão oferecido pela carreta ao restante da população dos bairros da capital e do interior do estado.
“O prazo para os pareceres médicos referentes ao exame é de 40 dias a 60 dias e, os casos necessários, são encaminhados para atendimento no hospital, informa.
Antes dos atendimentos, são realizadas entrevistas individuais a respeito da saúde feminina de cada interna. A segurança e o acompanhamento de toda a ação são feitos por policiais penai do EPFIIZ e integrantes do GEP (Grupamento de Escolta Penitenciária).
A diretora de Assistência Penitenciária da Agepen, Maria de Lourdes Delgado Alves, reforça que esse trabalho de prevenção ao câncer realizado com as custodiadas da capital é um complemento à atenção à saúde das custodiadas, que já recebem assistência regular na UBS (Unidade Básica de Saúde) instalada dentro da unidade prisional, além dos atendimentos externos agendados.
Comunicação Agepen
Fotos: Divulgação
gov/ms