O Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária apresentou recentemente o Ato n° 45, publicado no Diário Oficial da União em 10 de outubro. Este ato trouxe o registro de 45 produtos formulados, ou seja, defensivos agrícolas que agora estão disponíveis para uso pelos agricultores, sendo que 15 destes são classificados como de baixo impacto.
Segundo informações que foram divulgadas pelo Ministério da Agricultura, o destaque é o registro de produtos biológicos, como uma mistura à base de Paenibacillus azotofixans, Bacillus subtilis, Bacillus licheniformis e Bacillus circulans. Esse produto é recomendado para o controle de nematóides e do fungo Rhizoctonia solani, pragas de solo que afetam várias culturas.
Outro defensivo de baixo impacto registrado é baseado em Priestia megaterium e visa o controle do Pratylenchus zea, um nematóide que impacta culturas como o milho, cana-de-açúcar, algodão e feijão.
Os produtores de abacate também têm motivos para comemorar, já que foi registrado um produto à base de (Z)-9,13-TETRADECADIENAL, um feromônio sexual para o controle de Stenoma catenifer, uma praga específica dessa cultura.
O registro de produtos químicos inovadores com o ativo Fluindapyr marca uma importante mudança no mercado brasileiro. São quatro produtos contendo Fluindapyr, fungicida e nematicida do grupo pirazol-carboxamidas, que oferecem novas opções de controle de pragas em culturas como amendoim, café, feijão, milho e soja.
Além disso, o registro de defensivos genéricos é um passo significativo para diminuir a concentração do mercado e promover maior concorrência, resultando em custos de produção mais baixos para a agricultura brasileira. Todos os produtos registrados passaram por rigorosas análises e aprovações por órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, seguindo critérios científicos e as melhores práticas internacionais.
O Brasil se destaca como um líder mundial no uso de defensivos agrícolas biológicos, com 710 produtos de baixo impacto registrados desde 2000. Em 2023, até outubro, já foram registrados 63 produtos de baixo impacto. Esses produtos são vitais para a agricultura, não apenas devido ao seu impacto reduzido na saúde e no meio ambiente, mas também por beneficiar culturas de suporte fitossanitário insuficiente (minor crops) ao serem registrados por pragas, não por cultura.
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