O Partido Democrático Trabalhista (PDT) pretende lançar candidato próprio em pelo menos 15 cidades de Mato Grosso do Sul na eleição de outubro. Destaque para a Capital, onde o partido apostará na candidatura própria. O novo presidente do partido, Carlos Eduardo Gomes da Silva, trabalha na reconstrução, após debandada liderada pelo deputado federal Dagoberto Nogueira.
O deputado federal, único do partido no Estado, abandonou o grupo e se mudou para o PSDB antes da eleição do ano passado, justificando que precisava se reeleger. Com ele, boa parte do partido, que agora passa por uma reconstrução.
“Ao chegarmos em maio de 2022, tínhamos apenas três provisórias e um diretório em todo o estado. Em 2022, focamos em colocar a campanha eleitoral em movimento. Já em 2023, foi um ano intenso e cheio de trabalho. Concentramos nossos esforços em fortalecer a imagem do nosso partido e consolidar nossas bandeiras. O PDT-MS fechou 2023 com uma jornada significativa de reconstrução e crescimento, estabelecendo bases sólidas para as próximas eleições de 2024. Atualmente, os resultados dessa dedicação são evidentes, com a reestruturação efetiva em mais de 20 municípios e a perspectiva de alcançar até 50 provisórias em todo o estado até as eleições”, contou Carlos Eduardo.
O novo presidente explica que o partido conversa com outras siglas , priorizando a união de forças com siglas de ideologia próxima ao PDT, de centro-esquerda. “Atualmente, estamos em diálogos com alguns partidos para potencializar alianças. Como um partido de centro-esquerda, nossa prioridade é unir forças com outras siglas que também estejam comprometidas em lutar pelas mesmas bandeiras que representam os interesses do nosso povo. O PDT fará o que for melhor para o partido e para os municípios. Vamos avaliar cada cidade individualmente, pois cada uma tem suas características próprias”, detalhou.
Efeito Dagoberto
Carlos Eduardo tem a missão de reconstruir o partido, famoso por eleger bastante parlamentares e perder em seguida, após desentendimentos com Dagoberto, que mandava na sigla. O novo presidente chegou a conversar com alguns integrantes mais antigos para verificar o que acontecia antigamente.
“Na última eleição, a decisão de Dagoberto de trocar de partido para garantir sua eleição evidenciou a falta de transparência na esfera nacional, a desorganização no estado, bem como a ausência de perspectivas de crescimento e oportunidades internas em nosso partido. Esse movimento também atraiu outros parlamentares e indivíduos que se autodenominavam militantes, revelando que, na realidade, não estavam comprometidos com a ideologia e os princípios do partido, mas sim com o poder. Nesse sentido, percebo que foi positivo para Dagoberto, que conseguiu se reeleger, e ainda mais vantajoso para o partido, que agora pode reconstruir-se verdadeiramente com membros engajados e partidários. Durante os quase dois anos em que estive à frente do partido, conversei com filiados há mais de 30 anos que permanecem leais, continuando a lutar pelo fortalecimento da sigla. Além disso, recebi contatos de parlamentares que saíram do partido e se filiaram a outra legenda, demonstrando interesse em discutir possíveis colaborações futuras. Portanto, enfatizo sempre: nosso partido está vivo, possui uma história e um legado”, justificou.
Lucas de Lima
O novo presidente confirma que o PDT tem a candidatura do deputado Lucas de Lima como prioridade na Capital, afirmando que ele só não será o candidato da sigla se não quiser, já que tem o apoio do diretório nacional.
“Tenho acompanhado Lucas em suas atividades pela cidade, testemunhando o reconhecimento das pessoas que o procuram, solicitando que ele se candidate. Essa demanda é uma realidade palpável. Lucas está em sintonia com as bandeiras e princípios do nosso partido, e depositamos nossa confiança em seu potencial. Ele só não se candidatará caso assim não deseje, pois tanto em âmbito estadual quanto nacional, ele conta com o respaldo do partido. Lucas conta com o pleno respaldo do PDT, sendo sua candidatura uma das mais significativas para o partido em todo o país, dada sua natureza de candidatura de capital. O presidente licenciado e atual Ministro da Previdência, Carlos Lupi, destaca constantemente essa importância, e contamos com seu total apoio para essa empreitada”, concluiu.
ass.com/PDT