O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, gerou polêmica ao afirmar durante um comício na Carolina do Sul que encorajaria a Rússia a agir livremente contra qualquer país membro da OTAN que não cumprisse suas obrigações financeiras com a organização. Em uma declaração surpreendente, Trump admitiu que não defenderia os Estados-membros que não “pagassem suas contas” com a aliança militar, desafiando assim a cláusula de defesa coletiva central da OTAN.
Durante o evento, Trump declarou que a OTAN estava “quebrada” até sua gestão e que sua abordagem foi a de exigir que todos os países membros cumprissem suas contribuições financeiras. Ele relatou ter respondido de forma negativa a um presidente de um país membro, quando questionado se os Estados Unidos os defenderiam em caso de invasão russa, caso não cumprissem suas obrigações financeiras. Trump afirmou ter dito que não os protegeria e até encorajaria a Rússia a agir como quisesse.
Essas declarações provocaram reações imediatas, com a Casa Branca descrevendo os comentários de Trump como “terríveis e desequilibrados”. O porta-voz da Casa Branca, Andrew Bates, enfatizou os esforços do presidente Joe Biden para fortalecer a aliança e criticou a postura de Trump, afirmando que incentivar invasões contra aliados por regimes hostis é prejudicial para a segurança nacional dos Estados Unidos e para a estabilidade global.
Essa não é a primeira vez que Trump critica a OTAN e expressa dúvidas sobre o compromisso dos Estados Unidos com a defesa coletiva. Durante sua presidência, ele frequentemente destacava o fato de que muitos países membros não atingiam a meta de gastos com defesa estabelecida pela aliança.
reuters