Na mais recente revelação da Operação Tempus Veritatis, a Polícia Federal expôs mensagens do tenente-coronel Mauro Cid, então ajudante de ordens de Jair Bolsonaro na Presidência, que indicam uma “anuência de militares com manifestações antidemocráticas” em frente a quartéis.
Em uma troca de mensagens com um oficial do Exército preocupado com uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), Cid orientou seu interlocutor a desconsiderar o órgão, afirmando: “Tá recomendado… manda se foder!”. Ele acrescentou que o MPF não tinha poder para multar, prender ou tomar qualquer medida, apenas para “encher o saco”.
A recomendação do procurador da República Fabiano de Moraes era para desmontar a estrutura usada por manifestantes golpistas acampados em frente a uma unidade do Exército em Caxias do Sul (RS). No entanto, Cid minimizou a importância da medida, destacando a suposta ineficácia das ações do MPF.
A troca de mensagens entre Cid e o oficial do Exército revela uma postura de desdém em relação às instituições democráticas e ao poder do MPF. Além disso, evidencia a colaboração de militares com atividades antidemocráticas, alimentando preocupações sobre a conduta das Forças Armadas em relação ao Estado de Direito.
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