Puccinelli diz que foi vítima de perseguição e candidatura na Capital é irreversível

O ex-governador, André Puccinelli (MDB), está mesmo disposto a concorrer ao cargo de prefeito de Campo Grande na eleição de outubro. A candidatura foi vista com desconfiança depois que ele considerou a possibilidade de apoio ao PSDB, mas recentemente Puccinelli tem garantido que será candidato em outubro.

“Venho afirmando e reafirmando que sou pré-candidato a prefeito. Só algo superveniente me tiraria da disputa. Para mim, é irreversível”, declarou Puccinelli ao ser indagado pela reportagem sobre eventual desistência.

Na semana passada, ele se livrou de mais uma denúncia da Operação Lama Asfáltica, que chegou a levar para a prisão. Entre os primeiros nas pesquisas até o momento, ele atribui a este fato a rejeição que ainda tem.

“Mais uma vitória judicial . Quando afirmo e reafirmo que fui vítima de perseguição judicial, com a finalidade de tirarem da disputa, alguns ainda teimam de me rejeitar… Inúmeras sentenças dizendo da inépcia, do não aceite das denúncias e absolvição plena, em decorrência do fato que não houve delito nenhum. Isso que magoa a gente na vida. Isso que me trouxe a rejeição, injustamente”, avaliou.

No entendimento do governador, sem essas denúncias, sua candidatura teria uma competitividade maior ainda do que os números mostrados até o momento. O novo processo deve ser mais uma das armas do ex-governador, que pretende voltar ao comando da Capital, quase trinta anos após a primeira gestão, de oito anos, em 1996.

Processo

A juíza Júlia Cavalcante Silva Barbosa rejeitou denúncia contra o ex-governador André Puccinelli, Edson Giroto e um grupo de servidores acusados de desvio de recursos na Operação Lama Asfáltica.

A denúncia tinha como base o trabalho investigativo conjunto entre a POLÍCIA FEDERAL (PF), a CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO (CGU) e a RECEITA FEDERAL DO BRASIL (RFB), para apurar crimes supostamente praticados por organização criminosa composta por agentes públicos e particulares.

Segundo a denúncia, a suposta organização contava com agentes políticos de primeiro escalão, que de forma reiterada e com alto grau de lesividade ao patrimônio público e à sociedade, cometiam fraude para a obtenção de recursos de instituição financeira oficial, fraude na aplicação desses recursos, fraude à competição em licitação pública, peculato, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

O grupo foi absolvido de denúncia de possível fraude na realização de obras de implementação e pavimentação da Rodovia MS-040, entre os Municípios de Campo Grande-MS e Santa Rita do Pardo-MS, (lotes 1 e 2), pela Secretaria de Estado de Obras Públicas e de Transportes do Estado de Mato Grosso do Sul, desde o estágio de licitação, cujos procedimentos foram supostamente direcionados para a contratação da empresa PROTECO CONSTRUÇÕES LTDA.

“Assim, diante do exposto, rejeito a denúncia oferecida em desfavor de ANDRÉ PUCCINELLI, EDSON GIROTO, MARIA WILMA CASANOVA ROSA, JOÃO ALBERTO KRAMPE AMORIM DOS SANTOS, ELZA CRISTINA ARAÚJO DOS SANTOS, HÉLIO YUDI KOMIYAMA, EDMIR FONSECA RODRIGUES, LUIZ CÂNDIDO ESCOBAR, MAURO DE FIGUEIREDO, EDSON CALVES, LARISSA AZAMBUJA FERREIRA, JOSÉ MÁRCIO MESQUITA, NADINE CHAIA, MARIA FERNNANDA DE LOPES E SANTOS, RÔMULO TADEU MENOSSI e FLAVIO MIYAHIRA, extinguindo o processo sem resolução do mérito, nos termos do art. 395, I, do CPP”.

 

 

ims

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