Desde 31 de agosto, incêndios florestais atingem a área rural de São Gabriel do Oeste. Conforme o Prefeito Jeferson Tomazi, mais 4 mil hectares já foram consumidos pelo fogo nesses 10 dias.
Embora mais controladas, as chamas continuam nas Cordilheiras das Serras, na divisa com Rio Negro. Segundo o CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul), o combate continua na região, já que lá é uma área de difícil acesso. Agora, as ações estão direcionadas para manter confinados os focos, a fim de evitar maiores danos ao território.
Conforme Tomazi, no domingo (8) houve um novo foco na região da Fazenda Pato Branco (saída para o Distrito do Areado) e os produtores e os servidores da Infra contiveram o princípio de incêndio. Ainda não é possível estimar o valor em recursos utilizados nas operações de combate.
“A situação aqui está muito difícil, com céu esfumaçado, muitas pessoas com problemas respiratórios e a umidade relativa do ar baixíssima”, explica o prefeito.
Situação de emergência
Na última quarta-feira, 4 de setembro, a prefeitura de São Gabriel do Oeste decretou situação de emergência devido aos incêndios florestais que atingem o município. O decreto municipal tem duração de 180 dias.
A partir do decreto, ficou autorizada a mobilização de todos os órgãos municipais para atuar sob a coordenação da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil de São Gabriel do Oeste nas ações de resposta ao desastre e reconstrução das áreas afetadas.
Além disso, pode haver convocação de voluntários para reforçar as ações de resposta ao desastre e realização de campanhas de arrecadação de recursos junto à comunidade, para facilitar as ações de assistência à população afetada pelo desastre, sob a coordenação da Coordenadoria Municipal da Defesa Civil.
Incêndios na área rural
Em 31 de agosto, as chamas se propagaram e formaram dois principais focos, sendo o segundo na região da ‘morraria’ da Serra de Maracaju.
A intensificação da fumaça a começou partir do km 578 da BR-163. A área urbana do município está tomada por uma névoa de fumaça.
No domingo, 1º de setembro, os produtores se juntaram e acionaram duas aeronaves agrícolas para tentar controlar as chamas. Na região da Serra de Maracaju, segundo produtores, há duas equipes de Bombeiros e cada equipe com três militares.
Na noite de segunda (2), o fogo desceu a serra até a sede de uma fazenda, em uma extensão de quase dois quilômetros, em linha reta. Já na rodovia, ainda na noite de segunda, a reportagem flagrou o trabalhador de uma fazenda com caminhão pipa, tentando controlar as chamas para não ultrapassar a BR e atingir o outro lado da rodovia.
“O caminhão pipa está sendo usado para tentar controlar as chamas para não cruzar a rodovia para não pegar a pastagem do outro lado. Enquanto tiver fogo vamos ficar aqui e salvar o que for preciso. Tudo indica que foi fogo criminoso e acaba dando esse transtorno todo para gente. Estamos aqui para não deixar se aproximar da sede. O caminhão pipa é da própria fazenda”, disse o trabalhador que não quis se identificar.
mdx