MS destaca protagonismo no agro sustentável e celebra avanço rumo à neutralidade de carbono

Com destaque nacional e internacional no agronegócio e na transição para uma economia de baixo carbono, Mato Grosso do Sul marcou presença na abertura do Global Agribusiness Festival 2025, realizado nesta quinta-feira (5), em São Paulo. O governador Eduardo Riedel foi um dos painelistas do evento e apresentou os avanços do Estado no painel “Governadores do Agro”.

Ao lado de líderes como Tarcísio de Freitas (SP), Carlos Massa Júnior (PR) e Ronaldo Caiado (GO), Riedel reforçou que MS está se consolidando como um dos principais polos agroindustriais do Brasil. “Hoje temos todas as ruas pavimentadas e seremos o primeiro estado a universalizar saneamento. Isso é fruto de uma transformação socioeconômica liderada pelo agro, que ajudou a estruturar o interior do país”, declarou.

Agro sustentável e política climática

Riedel defendeu o protagonismo do setor produtivo no debate ambiental e lembrou que, mesmo em atividades desafiadoras, como a pecuária, MS avançou na redução de emissões, com a certificação de carne de baixa emissão de carbono. A estratégia baseia-se na integração lavoura-pecuária-floresta, que permitiu reduzir 5 milhões de hectares de pastagens e, ao mesmo tempo, aumentar em 5% o número de abates.

No setor de bioenergia, o Estado também se destaca. Todas as 22 usinas em operação estão certificadas no programa RenovaBio. De 2020 a 2024, a produção de etanol evitou a emissão de 13,7 milhões de toneladas de CO₂ — equivalente a 89 milhões de árvores preservadas por 20 anos. Na safra atual, a produção foi de 4,2 bilhões de litros, com projeção de 4,7 bilhões em 2025/2026.

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Celulose, citros e diversificação

O crescimento do setor de celulose abriu caminho para a instalação de indústrias de móveis (como a Greenplac) e de papel tissue. Na citricultura, são 30 mil hectares plantados, com potencial para atrair grandes indústrias de suco. Já o amendoim coloca MS como o segundo maior produtor do país, com 42 mil hectares cultivados e uma unidade de beneficiamento em implantação em Bataguassu.

Infraestrutura para um novo ciclo de crescimento

Desde 2015, o Estado atraiu R$ 141 bilhões em investimentos privados. Para garantir competitividade, o governo executa uma política robusta de infraestrutura, com foco em rodovias, hidrovias, ferrovias e aeródromos. São 5.500 km de estradas pavimentadas e mais 660 km em execução. O BNDES financia parte das obras com R$ 2,6 bilhões.

Um dos destaques é a Rota da Celulose, corredor logístico de 870 km que ligará áreas de produção ao escoamento e será modernizado com R$ 10 bilhões da iniciativa privada. Também estão em andamento investimentos de R$ 250 milhões em aeródromos regionais.

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Meio ambiente: Pacto Pantanal e PSA

Na agenda ambiental, o Estado lançou o Pacto Pantanal, voltado à preservação do bioma e à remuneração de serviços ambientais (PSA). A iniciativa prevê o pagamento a quem contribui para a conservação, como produtores rurais que mantêm vegetação nativa ou evitam queimadas.

O Fundo Clima Pantanal, criado pela Lei do Pantanal em 2023, será abastecido com R$ 40 milhões anuais do Estado entre 2025 e 2030, além de captar recursos de outras fontes.

COP30, carbono neutro e protagonismo global

Em maio, Mato Grosso do Sul sediou o Fórum LIDE COP30, em Bonito, para antecipar temas da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas. O encontro resultou em um termo de cooperação entre o Governo e a Fiems para apoiar projetos sustentáveis em pequenas e médias empresas.

“Vamos chegar em 2030 como estado 100% carbono neutro”, afirmou Riedel. “Temos uma das melhores logísticas do país, com o Rio Paraguai e a bacia do Paraná ladeando o Estado. A infraestrutura é uma alavanca para a nova economia verde que estamos construindo.”

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