O Parque Nacional do Monte Rinjani, um dos destinos mais procurados por turistas que visitam a Indonésia, e onde a brasileira Juliana Marins, de 36 anos, foi encontrada morta nesta terça-feira (24), já registrou 180 acidentes e 8 mortes desde 2020, com um aumento expressivo de ocorrências em 2024, segundo um relatório oficial do governo indonésio.
Entre os acidentes mais comuns estão quedas, torções, casos de desaparecimento, doenças súbitas e ataques de animais. Até o momento, 134 casos de quedas e torções foram registrados oficialmente.
As autoridades locais alertam que muitas dessas ocorrências estão ligadas à falta de preparo físico, ausência de equipamentos adequados e descumprimento das trilhas oficiais.
Em resposta ao crescente número de casos, o governo indonésio anunciou a necessidade de um Procedimento Operacional Padrão (POP) para busca, socorro e evacuação no parque.
O relatório do parque também destaca que, embora o turismo traga benefícios econômicos à comunidade local, os impactos ambientais e os riscos à segurança dos visitantes são crescentes.
Juliana caiu da trilha na última sexta-feira (20), quando escorregou e caiu cerca de 300 metros abaixo do trajeto oficial. Desde então, buscas foram realizadas por equipes de resgate locais, mobilizadas após alertas feitos por outros visitantes que testemunharam o acidente.
Natural de Niterói, no Rio de Janeiro, Juliana era dançarina profissional de pole dance e estava realizando uma viagem pela Ásia desde fevereiro, tendo passado por países como Filipinas, Tailândia e Vietnã antes de chegar à Indonésia.
Veja os números de acidentes por ano:
2020: 21 casos
2021: 33 casos
2022: 31 casos
2023: 35 casos
2024: 60 casos
Mortes por ano:
2020: 2 mortes
2021: 1 morte
2022: 1 morte
2023: 3 mortes
2024: 1 morte
2025: 1 morte