O empresário André Luiz dos Santos, o Patrola, foi condenado a cinco anos de reclusão por corrupção em processo sobre um suposto esquema de propina de mais de R$ 10 milhões, liderado por um ex-servidor de Campo Grande. O caso veio à tona em 2016.

Na época, uma operação do Gaeco/MPMS (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) revelou que esse ex-servidor era dono de quase 100 imóveis e ocultava a propriedade usando o nome de outras pessoas. Ele ainda recebia propina de empresários, incluindo Patrola.
Um segundo empresário e o ex-servidor também foram condenados. Patrola foi sentenciado a cinco anos de reclusão e 33 dias-multa, equivalente a 1/30 do salário mínimo na época do fato. Mais de 20 outros réus foram absolvidos.
O caso tramitou em sigilo nos últimos nove anos na 3ª Vara Criminal de Campo Grande. Patrola ainda pode recorrer ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).
Patrola é réu em diversas ações de improbidade em MS
O empresário André Luiz dos Santos, o Patrola, é dono de uma empreiteira que leva seu nome, a ALS. Essa empresa detém vários contratos de obras no Estado, muitos deles alvos de investigação por irregularidades.
Em 2023, o Jornal Midiamax revelou a “Rota do Patrola”, uma série de propriedades rurais no Pantanal onde o empresário foi contratado para implantar a rodovia MS-228. O MPMS fez acordo com ele para encerrar o caso.
Patrola ainda é réu em ação da Operação Cascalhos de Areia, que revelou esquema de corrupção em contratos de obras durante a gestão do ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad — hoje vereador pelo PDT. O grupo é acusado de desviar mais de R$ 7,3 milhões.
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