O aumento da buraqueira nas ruas e avenidas, a falta de solução para a gravíssima crise na saúde e o polêmico gasto milionário com iluminação de Natal apesar da crise financeira levaram a popularidade da prefeita Adriane Lopes (PP) ainda mais para o fundo do poço. Agora já são 66% dos moradores da Capital que avaliam a gestão como ruim/péssima e somente 9% a consideram ótima/boa.
No geral, o cenário é ainda pior, se esse pleonasmo é possível. De acordo com o Instituto Ranking Brasil Inteligência, 85% dos eleitores de Campo Grande desaprovam a administração de Adriane, enquanto apenas 11% aprovam. A impopularidade da prefeita afundou a popularidade da Câmara Municipal, com o índice de ruim/péssimo saltando 15 pontos percentuais em dois meses, de 25% para 40%.
Omissos ou alheios aos problemas da cidade, os vereadores viram a aprovação despencar nos últimos meses. Até a agosto deste ano, o percentual de ótimo/bom, 33%, superavam o negativo e dava respaldo para o grupo comandado pelo vereador Epaminondas Vicente da Silva, o Papy (PSDB), arrastado para o escândalo da crise ao sonegar IPTU.
A popularidade de Adriane continuou despencando após ela contratar a Construtora JLC por R$ 1,756 milhão para instalar a iluminação de Natal um dia antes de publicar um decreto cortando salários e reduzindo, ainda mais, gastos e salários. Missionária da Assembleia de Deus Missões, ela anunciou ainda a demissão em massa de trabalhadores do programa social, que ganhavam um salário mínimo e uma cesta básica por mês.
O Ranking Brasil ouviu mil eleitores entre os dias 10 e 16 deste mês. A margem de erro é de 3% para mais ou menos. A pesquisa foi encomendada pela Rede Top FM.
Pior prefeita da história
Primeira mulher eleita por meio do voto direto, Adriane Lopes também corre risco de entrar para a história como pior prefeita em 126 anos de história de Campo Grande. O percentual de ruim/péssimo chegou a 66%, um salto de seis pontos percentuais em relação ao mês passado, quando a reprovação era de 60%.
A cada novo levantamento, aumento o percentual de moradores indignados e revoltados com a gestão da prefeita da Capital. Em agosto este ano, 55% avaliavam como ruim/péssima, contra 50% em julho. Em março, época da buraqueira por causa da temporada de chuvas, o índice chegou a 55%.
Em relação a setembro do ano passado, quando “apenas” 32% acusavam a prefeita de ter uma gestão ruim/péssima, o percentual de descontentes dobrou. Aliás, Adriane já conta com o dobro do percentual de Lula (PT), cujo presidente ela fazia de tudo para não ter ligação com medo de ter a popularidade contaminada pelo petista.
O percentual de ótimo/bom despenca a cada levantamento e chegou a lamentável um dígito neste mês, com 9% avaliando a prefeita como ótima/boa. Em outubro eram 11%, contra 23% em agosto, 25% em julho e 24% em março. Ela tinha popularidade três vezes melhor em setembro do ano passado, quando 24% a consideravam ótima/boa.
Nem regular, índice apontado por 20,8%, o trabalho da pepista pode ser considerado. Em outubro, esse índice estava em 24%.

Indignação afunda popularidade de vereadores
No geral, a desaprovação de Adriane chegou a 85%, contra 80% no mês passado. Em julho, 65% desaprovavam o trabalho da atual prefeita. A aprovação chegou a 11%, contra 15% em outubro, 24% em agosto e 30% em julho deste ano.
Adriane é reprovada por quase nove entre 10 moradores de Campo Grande. Evangélica e bolsonarista, ela não será mais convidada nem para a ceia de Natal dos seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O silêncio e omissão da maior parte dos vereadores respingou na imagem da Câmara Municipal, classificada como ruim/péssima por 40% dos moradores da Capital, contra 33% em outubro deste ano. Em agosto, 25% tinham imagem negativa do legislativo.
O percentual de ótimo/bom da Câmara despencou de 26%, em outubro deste ano, para 19%. Em agosto, o índice dos contentes com o trabalho dos vereadores liderados por Papy era de 33%.
No geral, 25% aprovam o trabalho dos 29 vereadores, enquanto 60% desaprovam, segundo o Ranking Brasil. Não adianta o vereador se gabar que fez milhares de requerimentos, se a cidade segue tomada por buracos, os postos de saúde continuam sem remédios, médicos, vagas e exames, trabalhadores são demitidos e a maior preocupação da prefeita é gastar R$ 1,7 milhão com a decoração de Natal.

irp
