Depois de um ano e meio sem feiras presenciais e com público, a Expointer optou por voltar com expositores, negócios e visitantes no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). Considerada uma das maiores feiras do agronegócio nacional e que, tradicionalmente, encerrava o ciclo nacional de feiras, a 44ª edição somou um faturamento R$ 1 bilhão menor do que a última feira presencial, em 2019.
Mesmo sem as grandes marcas e com poucos estandes com implementos, linha amarela e tecnologias, o setor de máquinas respondeu por 75% do faturamento da feira. Em segundo veio a agricultura familiar, os animais e o artesanato. Em relação à exposição de animais não houve leilão o que diminuiu o faturamento. O que surpreendeu foi o setor automobilístico que somou receita de R$ 200,3 milhões, crescimento de 43,6% na comparação com a última Expointer presencial. Veja no vídeo ao final da reportagem os números completos.
Os seminários técnicos e palestras seguiram on-line, com 56 mil visualizações, de 25 diferentes países. Puderam circular pelos pavilhões 15 mil visitantes/dia. Todos os trabalhadores foram testados para a Covid-19 e havia lavatórios e álcool gel disponíveis em pelo menos 100 locais. Em alguns pavilhões catracas e sensores contabilizavam em painéis o número de visitantes.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, esteve na feira onde recebeu homenagens e entregou o certificado de livre de febre aftosa sem vacinação, expedido pela OIE em maio, ao governador Eduardo Leite. Já o presidente Jair Bolsonaro visitou a exposição no último sábado (11).
A feira também contou com anúncio de recursos para o agronegócio. O BRDE aportou R$ 369 milhões em operações de crédito. Neste ano, destacaram-se os projetos de geração de energia por fontes renováveis e o apoio a cooperativas agrícolas, principalmente destinados à armazenagem de grãos e à ampliação de atividades industriais. O Banrisul alcançou R$ R$ 441,2 milhões em financiamentos de pivôs de irrigação, silos para armazenagem e máquinas e equipamentos, em especial tratores e semeadeiras. O Banco do Brasil anunciou reforço às ações de apoio ao agronegócio com R$ 10,5 bilhões de recursos adicionais para financiamentos rurais, no final de agosto, por meio do Programa BB Investimentos Agro, do BB Consórcio Armazenagem a apoio aos agricultores afetados pelas geadas de julho.
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