Produtores rurais de Mato Grosso do Sul utilizaram, entre julho e agosto, R$ 4,7 bilhões, volume de crédito 49,9% maior se comparado ao mesmo período do ano passado. Os valores fazem parte da distribuição dos recursos do Plano Safra 2022/2023, que começou a ser utilizado no segundo semestre.
De acordo com dados levantados pelo Departamento Técnico do Sistema Famasul, do montante total de crédito acessado no estado, 76,15% foram utilizados no setor agrícola. O percentual é equivalente a cerca de R$ 3,5 bilhões.
“O crédito agrícola foi utilizado em grande parte pela modalidade de custeio, cerca de 80,81%, 12,69% foram utilizados pela modalidade de investimento, 5,55% pela comercialização, e 0,95% pela industrialização”, destaca o analista de economia via assessoria, Jean Américo.
Os números ainda apontam que o volume destinado ao custeio foi 152,12% maior em comparação com o mesmo período do ano anterior. Já o investimento e comercialização sofreram reduções de 26,92% e 19,31%, respectivamente. A industrialização aumentou 20,35%.
A soja representa 81% do custeio da safra com insumos e colheita, o milho utiliza 15% do valor, os outros 4% são utilizados em culturas diversas.
Os bancos públicos ainda foram responsáveis por realizarem 77% do custeio e 69% dos investimentos. “A concessão dos recursos ocorreu predominantemente por meio dos bancos públicos, com 76% do total. O repasse via bancos privados representou 15% e as cooperativas de crédito responderam por 9% do recurso aplicado em Mato Grosso do Sul”, finaliza Jean.
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