Decreto do Selo ARTE aumenta chances de comercialização de produtores rurais

Você está por dentro do Decreto 11.099, publicado em 21 junho de 2022 no Diário Oficial da União, que traz novas informações a respeito do Selo ARTE? Essa nova medida traz alterações quanto a elaboração e comercialização de produtos alimentícios de origem animal produzidos de forma artesanal. A grande mudança é a possibilidade de Serviços de Inspeção Municipais adicionarem estabelecimentos no Cadastro Nacional de Produtos Artesanais, mantido pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), não dependendo mais somente do estado para o processo.

“Antes do Selo ARTE o produtor poderia comercializar somente no limite da formalização do seu produto. Por exemplo, quem tinha o Serviço de Inspeção Municipal (SIM) ficava restrito ao município. Já o produtor que possuía o Serviço de Inspeção Estadual ficava restrito ao estado. Com o Selo ARTE, além de garantir que o produto é artesanal, tem a vantagem de ampliar a comercialização em âmbito nacional”, explica a coordenadora da ATeG Agroindústria do Senar/MS, Camila Arruda.

A regulamentação é apenas para produtos de origem animal (lácteos, cárneos, pescados e produtos oriundos de abelhas). Sendo assim, o Selo ARTE e o novo Selo Queijo Artesanal poderão ser concedidos também pelo Mapa e por secretarias municipais, desde que os produtos estejam vinculados a um serviço de inspeção. O Projeto de Lei 5.516 de 2020 propõe que produtos alimentícios de origem vegetal também possam estar aptos à categoria e aguarda aprovação no Senado Federal.

“O Selo ARTE é um certificado que assegura ao consumidor que o alimento foi elaborado de forma artesanal e com processos que possuem características tradicionais, regionais e/ou culturais. Além de assegurar que o produto possui propriedades únicas como cor, brilho, textura e sabor, que diferem dos produtos industrializados”, detalha Camila.

Para conseguir a certificação, o produtor deve primeiramente buscar formalização em algum Serviço de Inspeção Oficial, seja municipal, estadual ou federal. E a ATeG do Senar/MS auxilia nesse processo.

“O programa tem como objetivo atender as agroindústrias artesanais e assisti-las desde a adequação da planta da agroindústria, o recebimento da matéria-prima até a sua efetiva comercialização. Temos a possibilidade de atender o produtor rural com toda a estruturação para implantação da agroindústria, recomendações técnicas e gerenciais, boas práticas de fabricação, auxiliá-lo na construção da identidade visual da sua agroindústria e do seu produto”, resume a coordenadora.

Atualmente o Senar/MS atende 223 agroindústrias em 37 municípios com o programa Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) em Agroindústria, auxiliando o produtor rural no processo de formalização e garantia da segurança alimentar dos produtos.

Os produtores que tiverem interesse em participar de uma nova turma podem procurar o sindicato rural do seu município e solicitar o cadastro.

 

 

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