Doenças e o mau tempo estão restringindo a oferta de laranjas nos Estados Unidos e internacionalmente. Enquanto isso, a demanda por suco de laranja teve um aumento durante a pandemia. Isso fez com que os preços do suco de laranja aumentem durante a pandemia, e eles provavelmente continuarão a subir: os futuros de suco de laranja congelado aumentaram mais de 50% durante a pandemia, e subiram para uma alta de dois anos na semana passada.
Na semana passada, o Departamento de Agricultura Americano disse que espera que a Flórida produza 44,5 milhões de caixas de laranjas este ano, uma safra excepcionalmente pequenos.
A região de citricultura do Brasil teve uma seca histórica no ano passado que prejudicou significativamente os pomares da laranja destinadas para produzir o suco de laranja.
A previsão para a colheita de citros dos EUA foi drasticamente reduzida. Espera-se que a temporada 2021/22 consista de 45 milhões de caixas de. Se as previsões estiverem certas, a colheita de laranja da Califórnia seria maior do que a da Flórida pela primeira vez, já que se espera que lá seja colhida mais de 47 milhões de caixas.
Um dos resultados da escassa colheita pode ser o aumento dos preços do suco de laranja. A ameaça é maior para os produtores de citros da Flórida, já que há muitos anos lidam com um surto e agravamento da doença bacteriana greening.
Acredita-se que a colheita da Flórida seria a pior em mais de 75 anos.
Enquanto o USDA está fornecendo assistência aos citricultores que precisam substituir as árvores que a doença matou, o Instituto de Ciências Agrárias e Alimentares da Universidade da Flórida está promovendo tratamentos nutricionais para promover respostas de defesa nas plantas.
As reduções no tamanho dos pomares sempre foram temporárias, como no caso do clima frio de inverno na temporada 1998/99 e do furacão Irma na temporada 2017/18 (afetando apenas a Flórida). Há ainda o risco de as geadas desta semana prejudicarem os pomares da Flórida. No entanto, o recente declínio das culturas da Flórida causado pelo greening tem sido muito mais gradual e consistente. As perdas de culturas a partir da temporada 2003/04, quando o greening surgiu pela primeira vez em um contexto comercial, são fortemente visíveis nos dados do USDA. Naquela temporada, a Flórida ainda produzia 242 milhões de caixas de citros – mais de cinco vezes a colheita projetada deste ano.
O caminho para derrotar a doença ainda não está claro: o greening é transmitido pelo inseto psilídeo cítrico asiático, que se espalhou para as regiões produtoras de citros primeiro na Ásia, depois na África e nas Américas, causando estragos ao longo do caminho. O inseto também já foi encontrado na Califórnia, onde um extenso programa de erradicação e controle de fronteiras está em vigor para limitar a propagação da doença.