Os primeiros dias de inverno trouxeram para a região Sul do Brasil e, especialmente, para Santa Catarina, vários fenômenos meteorológicos, como neve, chuva congelada, geada e sincelo. De acordo com o Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri/Ciram), esses fenômenos são diferentes uns dos outros.
Nesse cenário, neve é a precipitação de cristais de gelo translúcidos e brancos, formados pelo congelamento do vapor d´agua suspenso na atmosfera. “Esses cristais têm uma forma bem característica, em geral de forma hexagonal, e complexamente ramificados”, explica a meteorologista da Epagri Gilsânia Cruz.
Já a chuva congelada normalmente antecede a precipitação de neve e é semelhante a um granizo pequeno, que cai e salta, fazendo até barulho, às vezes. O formato do “gelinho” que cai é diferente da neve. Enquanto isso a chuva congelante é a forma como a precipitação chega ao solo. “Enquanto a chuva congelada chega, normalmente, em estado sólido, a chuva congelante é a chuva que descongela na atmosfera, mas volta a congelar assim que toca o solo”, diz Gilsânia.
A geada branca, que congela a parte superficial das plantas, é observada com frequência em diversas regiões de Santa Catarina durante as estações mais frias e se forma associada a temperatura baixa, ausência de nuvens e baixa umidade do ar. “Quando a temperatura do solo cai acentuadamente no período noturno, aproximando-se de 0°C, as gotas de orvalho congelam, formando o fenômeno”, explica Gilsânia.
Já o sincelo um fenômeno associado a dias com nevoeiro, quando a temperatura varia de -2°C a -8°C. Ele resulta do congelamento das gotículas de água ao tocar a superfície, formando cristais de gelo. É mais fino que a geada. “No Brasil, a ocorrência do sincelo é incomum. Ele é mais observado em Santa Catarina, nos municípios de Urubici, Urupema e São Joaquim”, conta a meteorologista da Epagri.
epagri/ciram