O Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, expressou preocupação em relação ao movimento dos auditores e técnicos agropecuários, destacando os prejuízos causados pelos atrasos nas exportações. Em entrevista concedida após uma reunião ministerial, Fávaro enfatizou a importância do movimento sindical, porém alertou para a perda de legitimidade caso os atrasos persistam e afetem a eficiência dos serviços.
A mobilização, que inclui uma “operação-padrão” iniciada em janeiro, tem gerado atrasos significativos e uma redução na eficiência dos serviços de fiscalização, com quase 2.000 caminhões aguardando liberação na fronteira entre Foz do Iguaçu (PR) e o Paraguai.
Em resposta à situação, o governo anunciou uma nova rodada de negociações agendada para 29 de fevereiro, expressando esperança de uma resolução definitiva para as demandas em questão. Fávaro destacou a abertura ao diálogo por parte do governo, reconhecendo as reivindicações dos auditores e técnicos agropecuários, que estão há seis anos sem reajuste salarial.
Apesar das negociações em curso, as partes ainda não alcançaram um acordo satisfatório, levando as categorias a realizarem uma auditoria em todos os frigoríficos do país como forma de protesto. Fávaro e o Ministro da Gestão e Inovação, Fernando Haddad, também discutiram o cenário atual da agropecuária em 2024, reconhecendo desafios, mas destacando que não se trata de uma crise.
Quanto a um eventual socorro ao setor, Fávaro afirmou que será necessário aguardar o fim de fevereiro para avaliar a necessidade e que qualquer medida será segmentada para atender às necessidades específicas. Enquanto isso, os esforços continuam para resolver as demandas dos auditores e técnicos agropecuários e mitigar os impactos negativos nas exportações e na economia agropecuária como um todo.
mapa