O ministro da Agricultura, Marcos Montes, disse que o Brasil pode ser o maior exportador de lácteos do mundo, além de outras commodities nas quais já lidera, como soja, café e carne bovina. “Precisamos perseguir (a meta) e ser o maior exportador de lácteos. Já somos maiores em vários produtos e temos tudo para ser em lácteos também. Temos certeza que vamos alcançar (isso) com trabalho sério”, disse Montes durante a abertura do Fórum Nacional do Leite, em Brasília.
O ministro destacou que a produção leiteira do País vem em tendência crescente, alcançando 35 bilhões de litros por ano, e que conta com 1,170 milhão de produtores dedicados à cadeia em 99% dos municípios brasileiros que produzem leite. “Me chama a atenção que aproximadamente 93% dos produtores tiram menos de 200 litros por dia”, afirmou Montes. Ele também chamou os produtores de leite de “heróis”. “Produtores que entregam leite aos laticínios sem saber o preço que realmente vão receber. É algo que precisamos reestudar”, disse.
De acordo com o ministro, o governo também está trabalhando para garantir o uso do nome do leite somente em produtos lácteos.Montes relembrou que o Plano Safra 2022/23 foi lançado recentemente e o classificou como “robusto”. “O Brasil apresentou ao mundo um Plano Safra para atender não só à produção do Brasil, mas para atender ao mundo, com preferência especial para os pequenos e médios produtores”, apontou, ressaltando que o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) recebeu R$ 53 bilhões de recursos para a safra 2022/23, do total de R$ 341 bilhões ofertados.
O ministro relatou também que esteve reunido com a comissária para Saúde e Segurança dos Alimentos da União Europeia, Stella Kyriakides, para “reatar negociações” e retomar o diálogo entre o País e o bloco, incluindo o setor leiteiro, no âmbito do Acordo UE-Mercosul. “Falei a ela sobre o nosso Serviço de Inspeção Federal (SIF), que é uma porta aberta no mundo todo pela seriedade do sistema. O leite é testemunha disso”, disse. No encontro, ocorrida na manhã desta terça, as partes debateram parcerias estratégicas, a sanidade alimentar e o fluxo de comércio agrícola, segundo o ministro. O Brasil e o bloco se comprometeram a colocar as equipes técnicas para conversar nos próximos meses.
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