O Mato Grosso do Sul é o quinto maior produtor de grãos do país. Na safra 2020/21, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) serão 18.885 milhões de toneladas, com destaque para soja, milho, arroz, sorgo e trigo. Mas o potencial é ainda maior caso haja investimento em tecnologias como a irrigação.
As áreas que produtores rurais de Mato Grosso do Sul irrigam atualmente, dedicam-se a culturas como arroz, café, cana-de-açúcar, e culturas anuais (em pivôs centrais). No topo do ranking dos municípios que mais se utilizam dessa tecnologia, em primeiro lugar está Rio Brilhante, seguido de Dourados e Nova Andradina.
Alguns problemas barram esse avanço e são comuns, também, a outros estados: outorga de área irrigada, construção de barramentos, e outra questão importante que Mato Grosso do Sul ainda tem, como a energia elétrica. “Fui procurado por produtores de Três Lagoas, ao lado do complexo de Jupiá – Urubupungá, com problemas de energia elétrica, por mais absurdo que possa parecer”, sinaliza Camargo.
Segundo ele, resolvendo esses três problemas, MS pode aumentar sua área irrigada, avançar na produtividade, evoluir quanto a fixação de carbono e evitar resiliências de preços, em época de crise hídrica, como a atual.
“Acredito muito que MS pode ser o estado de baixo carbono, o estado do ILPF, o estado da agricultura irrigada, o estado que vai agregar valor, e assim como a carne carbono zero, vamos ter a soja baixo carbono, a cana de baixo carbono, o algodão de baixo carbono […] acredito muito na fala do governador [Reinaldo Azambuja], em que se refere a Mato Grosso do Sul, como o estado da sustentabilidade e deve ser o estado do baixo carbono na sua agropecuária” finaliza.
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