Peste Suína Africana tem primeiro caso registrado nas América

Depois de matar milhares de suínos na Ásia, Europa e África a Peste Suína Africana (PSA) teve seu primeiro caso registrado nas América. A informação foi divulgada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e confirmada pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

A doença foi detectada em suínos da República Dominicana, país caribenho da América do Norte. Segundo o comunicado amostras positivas foram encontradas nas províncias de Sánchez Ramírez (região central) e Montecristi (no noroeste). Foram coletadas 389 amostras de suínos criados em granjas e pequenas propriedades e enviadas ao Laboratório de Doenças Animais de Plum Island, nos Estados Unidos. Na província de Sánchez Ramírez há uma população de 15 mil suínos, enquanto a de Montecristi é de aproximadamente 4.600 animais.

Entidades locais e internacionais trabalham em medidas de contenção da doença no país. A enfermidade não traz danos aos humanos mas é fatal para os suínos. Os Estados Unidos, por exemplo ofereceram ajuda para realizar testes e também redobra a atenção ao Haiti, que faz fronteira com a República Dominicana e está sob alto risco de detecção de PSA.

O cenário também disparou o alerta no setor produtivo de suínos do Brasil para a intensificação dos cuidados preventivos contra a enfermidade, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Conforme a entidade, os rígidos procedimentos de biosseguridade adotados pelo setor produtivo foram atualizados e divulgados aos associados pela diretoria técnica, com foco especial na movimentação de pessoas intrassetorial. A preocupação, agora, é com o reforço da exigência do cumprimento de quarentena para brasileiros e estrangeiros que atuam direta ou indiretamente no setor produtivo, e que estejam retornando ao Brasil.

Ao mesmo tempo, foi reforçada a campanha “Brasil Livre de PSA”, iniciativa da associação focada especificamente nos suinocultores de todo o país. A campanha traz alertas contra a visitação nas granjas, e indica cuidados para minimizar as chances da circulação da enfermidade no País.

Em caráter emergencial, a entidade também convocou o Grupo Especial de Prevenção à Peste Suína Africana (GEPESA) – formado por técnicos e especialistas das organizações associadas – para a discussão de novas ações no âmbito privado, em suporte ao trabalho de defesa agropecuária desempenhado pelo Ministério da Agricultura.

“Imediatamente após a divulgação da notícia, estabelecemos contato com o MAPA e iniciamos tratativas para a composição de medidas preventivas em portos e aeroportos, além das granjas, que são os principais pontos de atenção.  O trabalho segue evoluindo em linha com o que o ministério já tem executado com sucesso”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin, lembrando que o Brasil não registra focos de PSA desde 1984.
 

usda

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