A produtora de fertilizantes norueguesa Yara anunciou que planeja reduzir a carga de suas plantas de amônia localizadas na Europa para 35%, diminuindo a produção para cerca 3,1 milhões de toneladas, carbamida – 1,8 milhão de toneladas, nitrato de amônio – 1,9 milhão de toneladas, fertilizantes NPK – 0,3 milhão de toneladas. As informações são do Fertilizerdaily.
“A Yara usará sua cadeia de suprimentos global para garantir a capacidade de matéria-prima e a demanda do cliente. Continuará monitorando a situação e se adaptando às condições do mercado”, afirmou em comunicado à imprensa.
Nesse contexto, a empresa citou o alto custo recorde do gás natural como o motivo da queda na produção de amônia. Isso ocorreu porque, recentemente e como já é sabido, a Rússia invadiu a Ucrânia e isso gerou uma série de complicações econômicas ao redor do mundo. Essas complicações acabaram afetando diretamente a agricultura por meio da produção de fertilizantes.
“Hoje os preços do gás natural na Europa chegaram a US$ 3,2 mil por 1 mil metros cúbicos. m, então não é de surpreender que a Yara tenha dado um passo semelhante. O aumento dos preços do gás natural foi uma consequência natural das sanções ocidentais contra a Rússia, que levaram ao efeito oposto – na verdade, atingiram a indústria química europeia”, comentou a agência de informação e análise Fertilizer Daily.
A amônia é utilizada na agricultura como fertilizante para reposição de nitrogênio e enxofre aos solos cultivados. Por ser menos concentrado em nitrogênio, apresenta maior custo por tonelada de produto quando comparado com a ureia.