O Banco Safra apresentou uma projeção que chamou a atenção do mercado ao sugerir uma virada no ciclo pecuário brasileiro mais cedo do que o consenso geral previa. Contrariando expectativas de que o ciclo se manteria até o final do ano, o Safra estima que a mudança no cenário ocorrerá na metade de 2024.
Essa previsão levanta preocupações sobre os spreads de carne bovina para os frigoríficos, indicando uma possível pressão descendente nas margens de lucro do setor. A instituição financeira alerta que, se essa visão se confirmar, os frigoríficos podem enfrentar surpresas negativas nos custos do gado, resultando em margens potencialmente mais baixas.
A Minerva (BEEF3), apesar de ser recomendada pelo Banco Safra de forma neutra, é identificada como a empresa mais vulnerável à exposição à carne bovina brasileira em caso de uma virada precoce no ciclo. O banco destaca que o mercado está atento a essa possibilidade, e uma reversão mais rápida do que o esperado pode resultar em impactos negativos para as empresas do setor.
O equilíbrio entre oferta e procura é apontado pelo Safra como um fator-chave na determinação dos spreads da carne bovina, destacando a diferença entre o que os frigoríficos ganham com a carne produzida e quanto pagam pelo gado vivo.
O Banco Safra emitiu recomendações para os frigoríficos, incluindo a compra para JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3), com potenciais altas significativas. Para BRF (BRFS3) e Minerva (BEEF3), a recomendação é neutra, mas a instituição projeta potenciais de alta para ambas as empresas.
Os investidores estão atentos a essas projeções, que sinalizam possíveis mudanças no cenário econômico do setor de carne bovina brasileira nos próximos meses.
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